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Fiocruz solicita uso da vacina de Oxford

ERASMO SALOMÃO/MS

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pediu à Agência Na­cional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta sexta-feira, 8 de janeiro, o aval para o uso emergencial de dois milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. O imunizante é a principal aposta do governo federal para controlar a pandemia.

A agência estima que levará até dez dias para autorizar ou não o uso emergencial. Esse prazo é interrompido, caso o órgão peça informações den­tro do processo. Mais cedo, o Instituto Butantan pediu a mesma permissão à Anvisa para a CoronaVac, vacina de­senvolvida pela chinesa Sino­vac Life Science.

A Fiocruz deseja distribuir, ainda em janeiro, estas doses prontas, vindas de fábrica india­na. O produto foi comprado por R$ 59,4 milhões no momento em que o governo federal é pressionado para antecipar o calendário de vacinação no Brasil. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, aponta o dia 20 deste mês como data mais otimista para começar a aplicar as doses no país.

A imunização com esta vacina exige a aplicação de duas doses. A Fiocruz também receberá em janeiro insumo farmacêutico para completar a fabricação de cerca de 100 milhões de imunizantes deste modelo. A ideia é que as pri­meiras unidades sejam libera­das em fevereiro. No segundo semestre, a Fiocruz afirma que irá realizar todo o processo de fabricação de outras 110 mi­lhões de unidades.

“As primeiras 24 horas se­rão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltan­do, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao la­boratório. O prazo de dez dias não considera o tempo do pro­cesso em status de exigência técnica”, dize a agência.

O governo investiu cerca de R$ 2 bilhões para a compra de doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz. No plano nacional de imunização, o governo prevê aplicar duas doses desta vacina em cerca de 50 milhões de brasileiros de grupos prioritários ainda no primeiro semestre.

O governo considera que uma vantagem da vacina de Oxford/AstraZeneca é a fa­cilidade de armazenamento, que exige temperaturas de 2 a 8 graus. Trata-se do intervalo já utilizado na rede de frios do Sistema Único de Saúde (SUS). A falta de transparên­cia sobre os dados desta va­cina, porém, gerou críticas na comunidade científica.

Um erro de dosagem le­vou a dois resultados de efi­cácia do produto: 62% quan­do aplicada em um regime de duas doses completas e 90% com meia dose seguida de outra completa. Há ainda dú­vidas sobre os resultados para pessoas acima de 55 anos.

Responsável por coordenar o estudo clínico da vacina no Brasil, a médica Lily Yin We­ckx diz a primeira dose da va­cina já mostra eficácia de cerca de 70% contra a doença, mas em intervalo curto. “A gente ainda pode ficar com a média de eficácia de 70%. O estudo continua; teremos um ano de segmento para ver a persistên­cia da proteção, dos anticor­pos, de segurança, etc.”

Segundo Lily, “o que é im­portante é que temos uma va­cina segura, eficaz e que pode fazer a diferença na pandemia. Esses número de 60%, 70%, 80% é de proteção contra a doença covid. Mas se conside­rarmos doenças graves e hos­pitalização, a vacina foi capaz de evitar quase 100%”. Ela diz que, entre as pessoas que fo­ram vacinadas, nenhuma teve uma doença grave ou ficou hospitalizada por covid. Todas as hospitalizações ocorreram no grupo controle.

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