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Fim do mundo

No curso da história, por várias vezes, o mundo já beirou o seu fim, somente não caindo no buraco infernal, tendo em conta o trabalho realizado pela sua sociedade.

O diálogo mantido entre o clima e a humanidade tem demons­trado que as forças naturais estão vencendo o jogo mantido entre os homens e a natureza. A conduta das nações mais poderosas caminha no rumo do desastre apocalíptico. Basta ver o que ocorre com a Floresta Amazônica, com o norte de Minas Gerais, com o sul da Bahia, com as cidades do Rio de Janeiro, e até mesmo em pontos críticos de São Paulo. As nações mais industrializadas atacam o clima lançando ao espaço o que resta do petróleo, do carvão vegetal e de outros produtos industrializados. Tudo em nome do progresso!

A Organização Mundial da Saúde, do alto de seu púlpito, tem pregado a necessidade de não se devastar as florestas como também de filtrar a respiração venenosa das máquinas industriais, e até mesmo de cuidar do lixo, como também do tratamento dos mananciais de água.

O desastre terrestre já foi gravado na antiguidade pelas palavras do extraordinário profeta Isaías que das páginas da Bíblia, conseguiu prever o hecatombe no Apocalipse, versículo 20.

“Como for tratado o povo, assim será o sacerdote; como escravo, assim o senhor; como a serva, assim a patroa; como o que compra, assim o que vende; como o que empresta, assim como o que toma emprestado; como o credor, assim como devedor. A terra ficará mesmo vazia, saqueada de ponta a ponta. A terra está de luto e doente, com a terra o céu murchou. A terra foi poluída sob os pés dos moradores que passaram por cima das leis, violaram o manda­mento, romperam a aliança eterna.

Por isso, a maldição devora a terra, os moradores pagam o peca­do, diminuem os que cultivam, sobra pouca gente. Secou o suco da uva, a videira murchou, agora geme quem estava de coração alegre. Acabou a alegria dos tamborins! Parou a algazarra dos foliões! Acabou o entusiasmo da cítara. Já não se bebe ao som da música; o licor ficou amargo a quem bebe. Arrebentou-se a cidade no vazio, as casas estão fechadas, ninguém entra! Gritam nas ruas à procura do vinho! O riso foi eliminado, a alegria foi expulsa do país!

O que sobrou na cidade foi a solidão, a porta arrombada, arre­bentada aos pedaços. O que vai acontecer no interior do país, no meio dos povoados, será como a cata da azeitona, ou na rebusca, após a colheita da uva. Eles, porém, elevam a voz, celebram a majes­tade do Senhor, cantam hinos à beira do mar. Pelo mesmo motivo glorificam o Senhor do lado do oriente e também nas ilhas do mar, o nome do Senhor, Deus de Israel, dos confins da terra ouvimos cantar “Glória ao Justo”.

Eu porém digo: Infeliz de mim! Infeliz de mim! Ai de mim! Há traidores traindo traiçoeiramente tramando traição. Terror, buraco e laço são o que te espera, cidadão do país! Ai de quem ouvir o grito do terror, acaba caindo no buraco, se escapar do buraco, será pego pelo laço, pois as comportas do céu vão abrir-se e a terra vai tremer desde a base”.

A leitura dos textos bíblicos choca o leitor de hoje, mas com­prova que a sociedade não teme perder não apenas os pobres abandonados pela sorte, mas também a evolução pacífica de toda a humanidade, como também de todos os homens.

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