Tribuna Ribeirão
Cultura

Fim de Malhação é um gol contra da Globo para suas produções

RENATO ROCHA MIRANDA

Nos últimos 26 anos as novelas de cima, como são conhecidas as faixas das 18h, 19h e 21h na Globo, foram alimentadas por atores revelados em “Malhação”. Uma história que começou lá atrás, com Andréa Maltarolli e Emanuel Ja­cobina, sob a direção de Roberto Tal­ma. E que chegou ao fim terça-feira passada, quando a emissora decidiu acabar com a novelinha. “Malhação Sonhos”, em reprise, vai encerrar o ciclo, enquanto a emissora prepara uma nova grade para suas tardes.

Porém, no momento em que a teledramaturgia tanto reclama por uma renovação de seus valores, a decisão da Globo em colocar fim ao horário surge como um gol contra, e daqueles, bem bizarros. Isso porque “Malhação” sempre foi um celeiro importante e de lá saíram nomes como André Marques, Cauã Reymond, Sophie Char­lotte, Nathalia Dill, Marjorie Estiano, Thiago Lacerda, Rafael Vitti, Débora Falabella e tantos outros. Fecha-se uma enorme porta, é verdade, para muitos que tinham o sonho de começar por ali.

Devido à falta de investimentos da Globo, uma vez que os olhares se concentram em outros horários, por questões comerciais principal­mente, “Malhação” foi perdendo fôlego e audiência. Se tornou um problema dentro de uma análise de custo-benefício e a pandemia deu o empurrãozinho que faltava para o seu fim. Uma pena. Quanto aos jovens atores que temem ter perdido uma janela para mostrar seu trabalho, é sempre bom lembrar que outras portas se abrirão.

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