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Fim da linha

Você já teve algum direito violado? Ficou sem ter algo que você tinha a certeza que lhe era devido? A sensação é horrí­vel, não é verdade? Ela afronta a dignidade de qualquer um.
Isso vem ocorrendo de forma rotineira em Ribeirão Preto. Casos atrás de casos são registrados pelos quatro cantos de nossa querida cidade. O transporte público é um dos recor­distas de infrações dos direitos da população.

Imagine só ficar esperando três meses ou mais, pelo direi­to legal de não pagar para andar de ônibus? Isso está acon­tecendo. E justamente com quem mais precisa: pessoas com deficiência.
A Transerp, empresa que teria que gerenciar o trânsito e o transporte público de Ribeirão Preto, mostra mais uma vez total incompetência e descaso. Ela simplesmente não conse­gue entregar, dentro do prazo adequado, a carteirinha que garante o direito da gratuidade para esse público.

E pior: mesmo com a falha sendo da Transerp, essa em­presa impede que as pessoas andem nos ônibus após o prazo de vencimento. Sem a carteirinha, é preciso pagar a tarifa in­tegral: hoje em R$ 4,20, graças a Justiça que revogou o último reajuste que elevava o valor para R$ 4,40.

A situação escancara a incapacidade da Prefeitura. Ela não consegue cumprir nem o que promete. É pedido que esse público peça a renovação 30 dias antes do vencimento da carteirinha, que ocorre na data de aniversário do beneficiado. Porém, como presente de aniversário essa pessoa fica espe­rando até 90 dias para receber uma carteirinha válida.

É claro que no discurso, o governo diz que nada disso acontece. Chama de casos pontuais eventuais falhas que são encontradas. Mas, na verdade fica nítido que o problema é geral. Que o desrespeito virou regra. Temos hoje uma Tran­serp que não cobra as empresas de ônibus por melhorias para os usuários e também gera ainda mais dificuldades para quem precisa andar de ônibus em Ribeirão Preto.

Muitas são as denúncias de retiradas de horários aos fins de semana, por exemplo. Isso sem falar na falta de construção de terminais e pontos cobertos, que são exigidos no contrato, mas que simplesmente ficam apenas no papel.

O que se espera agora é que a Transerp pare de passar por cima da lei. Até porque, esse direito, não lhe foi dado.

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