O antigo acordo da Universal com o HBO Max não vale mais. A partir de agora, os filmes do estúdio de cinema, pertencente à Comcast Corp., vão ser hospedados pelo serviço de streaming Peacock, da mesma empresa, após o lançamento nos cinemas.
O Peacock, que ganhou o nome por causa do logotipo da NBC, também da Comcast, foi lançado em julho de 2020. Ao levar os filmes do Universal Studios para o serviço, a empresa deseja entrar na competição por espaço na indústria de mídia por vídeos online.
O contrato entre Universal e Peacock é levemente incomum. Isso porque a distribuição dos filmes na plataforma de streaming vai acontecer em no máximo quatro meses após o lançamento nos cinemas, a partir de 2022. Esse período é bem mais curto do que o intervalo de seis a nove meses entre a estreia nas telonas e chegada às televisões.
De acordo com o jornal Los Angeles Times, o contrato tem duração de cinco anos. O antigo acordo entre Universal e HBO havia sido renovado pela última vez há oito anos, em 2013. Mas, mesmo com a saída para o Peacock, o negócio atual também difere dos arranjos mais comuns.
Normalmente é feito um negócio conhecido como “Pay 1”. Os estúdios licenciam os filmes para uma rede a cabo ou serviço de streaming por um período de um ano e meio. Porém, o contrato permite que a Peacock tenha o direito de transmissão nos primeiros quatro meses. Depois, os longas podem ir a redes de terceiros por dez meses.
Nos quatro meses restantes, os filmes voltam para o Peacock. Os detalhes financeiros do acordo, contudo, não foram divulgados pela Universal. O serviço de streaming a Comcast tem uma versão gratuita e uma modalidade premium, que custa US$ 5 por mês, além de outro pacote sem comerciais, por US$ 10.
A Comcast revelou, recentemente, que sua plataforma conta com 42 milhões de inscritos, mas sem dizer quantos deles assinavam a modalidade paga. Agora, com o acordo com a Universal, filmes como ‘Jurassic World: Dominion’, ‘O Gato de Botas 2’ e ‘Minions 2: A Origem de Gru’ vão direto para o Peacock. O estúdio também vai produzir filmes originais para o serviço.
Via: Los Angeles Times