O Cineclube Cauim, localizado na rua São Sebastião nº 920, no Centro de Ribeirão Preto, através do seu diretor, jornalista Fernando Kaxassa, fechou um acordo com a prefeitura, através da Secretaria Municipal da Cultura, apoiado pela Secretaria da Cidadania e da Cultura do governo federal, para exibir sessões gratuitas de cinema. Neste domingo, 14 de julho, às onze horas, será a estreia do filme italiano “7 km de Jerusalém”, de Claudio Malaponti.
O filme cristão serviu de inspiração ao autor ateu para escrever o romance homônimo de Pino Farinotti. Kaxassa relembra que, em 2012, durante a Feira Nacional do Livro, à época tendo como presidente da Fundação do Livro o mecenas Edwaldo Arantes, Malaponti e o produtor Angelo Sconda, acompanhados pelo jornalista Elói Barboza, visitaram o espaço com o desejo de promover exibições beneméritas. A obra foi uma das atrações da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 2013.
O enredo conta a história de Alessandro Forte, agnóstico, interpretado por Luca Ward, um publicitário em crise, tanto no trabalho quanto na família, que depois de uma série de acontecimentos “particulares” decide partir para a Terra Santa. Lá, percorrendo os sete quilômetros da estrada desértica que vai de Jerusalém a Emaús, ele encontra um homem que em tudo preenche a imagem clássica de um Messias, vivido por Alessandro Etrusco.
Recomendado pelo papa Francisco, o filme é cristão e não professa nenhuma religião. Foi visto por judeus, católicos, evangélicos, budistas, muçulmanos e espiritualistas que se satisfazem com a mensagem de paz, segundo o jornalista Elói Barboza, que esteve na redação do Tribuna para o trabalho de divulgação. Inicia-se uma relação dúbia entre os dois, insinuando sonho ou loucura. Ao final, o homem se recupera a si mesmo.
Para o diretor, Malaponti, o filme busca reacender uma reflexão no personagem principal. “O filme é feito para ser uma discussão sobre a condição do homem ocidental (…) a partir de uma base secular, em uma tentativa de atenção, uma esperança para um destino que deve ser considerado e remontado”, revela.
O jornalista Elói Leandro, na região reconhecido como Elói Barboza, 58 anos, é o responsável pela exibição da obra. Católico, como leigo e profissional acredita na evangelização através do cinema e há sete anos, após ouvir o papa Francisco no Brasil, com o lema “Seja missionário”, aproveitou o seu talento para repassar a mensagem de paz que a obra transmite. Ribeirão Preto foi a primeira de 52 cidades brasileiras a exibir o filme dentre os doze estados já visitados
“Exibir o filme em Ribeirão Preto me remete a minha própria história. Neste filme, o espectador atento compreende o que é ‘sincronicidade’ e percebe como Deus está sempre presente em sua vida e se comunica através de sinais, e poderá associar os personagens do filme, com personagens locais, revela o profissional”, diz Barboza.
No ano passado, este longa metragem foi exibido na abertura da 8ª Semana da Família, na cidade de Brusque (SC), em maio, e pela primeira vez foi apoiado pela Diocese de Blumenau, com a presença do bispo Rafael Biernaski e a carreira do filme ganhou uma força extraordinária. A maior plateia ocorreu em 2014 durante a exibição como filme convidado, no Festival Transcendental de Cinema de Brasília, promovido pelo palestrante espírita Lucas de Pádua, que estará na cidade nos próximos dias anunciando a nona edição – mais uma vez contará com o filme na programação.
A exibição deste domingo é gratuita e aberta a todos os interessados. Haverá uma abertura através de um cerimonial liderado pela jornalista Patrícia Cunha, que discorrerá sobre o seu projeto “caminho de volta”, que visa levar às suas origens, descendentes europeus, numa programação turística surpreendente, que proporcionará aos viajantes sensações que os seus antepassados sentiam.
As cenas foram rodadas no deserto da Síria, como Palmyra, Malula, Alepo e Damasco, um ano antes da guerra, portanto, foi a última produção a filmar as paisagens e seus monumentos intactos. “Nesta fábula, um companheiro discreto e silencioso, deixa a outra parte livre para falar sobre a realidade e as pessoas importantes em sua existência”, conclui o divulgador Elói Barboza. O filne não é recomendado para menores de 12 anos.