Por Luiz Carlos Merten
Marina Ruy Barbosa é a mulher do momento. Você busca na internet, nas redes sociais, e tudo o que ela faz é notícia. Tanta exposição não assusta? “Até eu descubro coisas sobre mim nas redes sociais. Descobri hoje que estou indo morar em Paris”, ela ri. E está? “Paris não é má, mas é boato.”
‘Todas as personagens têm um pouco de mim’
Pelo menos até maio, que é quando Marina estará de novo na TV, agora promovida de heroína das 7 (Deus Salve o Rei) para das 9 (O Sétimo Guardião). A novela estreia segunda, dia 12. Marina mostra imagens no celular para o repórter – no primeiro capítulo, sua personagem salva Bruno Gagliasso da morte. Ela tem um sonho, vaga na noite. O sonho vira real, ela vê a mão enterrada. Desenterra. É ele.
Bruno diz a Marina que está cometendo uma indiscrição. “Ele vai colocar no jornal, no blog.” Ela se arrepende. “Vão me matar (na Globo).” Bruno contemporiza. “A cena não vai ser bem assim, a montagem mudou.”
Além da novela fantástica de Aguinaldo Silva – um gato que vira homem é o guardião da fonte da vida -, Marina e Bruno estão no belo filme de Joana Mariani. Formam o casal jovem. A casa ainda é habitada pelas caixas que trouxeram (e não abriuam). Ela é aspirante a escritora. Ele provoca, diz que é muito jovem para falar de amor, para entender o outro.
Será? Numa cena do filme, Bruno cobra que Marina não lhe diz ‘Eu te amo’. Ela argumenta que, em geral, as pessoas dizem sem sentir, porque sabem que é o que o outro, ou outra, querem ouvir Bingo! Todas as suas personagens, no filme, nas novelas, são mulheres que buscam e defendem seu espaço. “Elas têm muito de mim, sim. Comecei muito cedo (a interpretar) e isso é o que sempre quis e quero. Tenho tido sorte, mas é muito esforço e dedicação, também.” O filme? “É lindo. E a trilha (de Maria Gadu) é personagem com a gente.”
‘Mais que ser mocinho, me interessa o humano’
Bruno Gagliasso tem filmado mais que Marina Ruy Barbosa – Isolados, Mato sem Cachorro, etc , mas, se o passado enriquece e te forma, o importante é o que está por vir. E agora vem muita coisa. A novela O Sétimo Guardião, o filme de Joana Mariani, Todas as Canções de Amor, o de Wagner Moura, sobre Marighella.
Marina protestou quando a assessoria da Globo definiu sua personagem na novela que está chegando como ‘mocinha’. “Gente, vamos medir melhor as palavras, não ficar criando esses estereótipos na cabeça do público.” Bruno concorda. “É muito fácil dizer que vou ser o mocinho, mas o que é isso? Na vida a gente também não sabe quem é mocinho ou não. Me interesso mais pelo fator humano.”
Seu personagem em O Sétimo Guardião é muito bacana. “Ele é um cara de uma família muito rica que recebe um chamado para ir a uma cidadezinha e descobre que esse chamado é uma coisa muito maior. Descobre um grande amor, e descobre que tem uma grande missão na vida.” Como se interpreta um personagem desses? “Com verdade, acho que tudo na vida tem de ser feito com verdade. Não estou criticando ninguém, mas se todos agissem assim acho que o mundo seria melhor e não estaria nessa crise que vivemos.”
E As Canções de Amor? “Acho que o filme vai tocar todo mundo. Quem não viveu um grande amor? Quem não terminou uma relação? Quem não se sentiu sacaneado? O filme lida com essas questões de uma maneira muito forte. Joana (a diretora Mariani) é muito sensível, e isso passa na delicadeza do trabalho com a gente, na inteligência da trilha musical de Maria Gadu.”
O repórter diz que Todas as Canções de Amor é o Eu Te Amo, de Arnaldo Jabor, para os anos 2000. Jabor flertava com as novas tecnologias em 1980. Canções de Amor vai ao passado. “Mas sem nostalgia, vai ao passado para ser clássico”, arremata Bruno.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.