Dos gramados para as telas de cinema e disputando o título de melhor documentário de longa-duração. A inspiradora saga botafoguense no ano de 1977, que virou filme, estará novamente em cartaz. Agora, o documentário produzido e dirigido pelo jornalista Igor Ramos participará da finalíssima da mostra competitiva internacional do “CINEfoot”, um dos maiores festivais de documentários do mundo sobre futebol. O evento está na sua oitava edição, e acontecerá simultaneamente no Rio de Janeiro e São Paulo, com exibição dos oito filmes selecionados pela comissão organizadora e jurados.
Produzido e dirigido pelo jornalista ribeirão-pretano, o documentário de 90 minutos superou mais de 200 concorrentes e entra na disputa pelo prêmio máximo do “CINEfoot”. O filme narra a conquista botafoguense do título de campeão da Taça Cidade de São Paulo, em 1977. No enredo, a trajetória épica do maior esquadrão da história do clube do interior paulista, formado por Sócrates, Zé Mário Baroni e Lorico, entre outros craques. Uma conquista inédita, contra o São Paulo, no Morumbi, que fez Ribeirão Preto literalmente parar para comemorar, naquele 18 de maio de 1977, em um verdadeiro carnaval fora de época pelas ruas da cidade.
Com um enredo repleto de depoimentos e imagens inéditas, o documentário é enriquecido pelos relatos de jogadores, técnicos, dirigentes e torcedores que vivenciaram a época de ouro do futebol paulista. “Esta é a minha primeira experiência em um projeto de áudio visual. E a sensação de ver tão cedo um trabalho sendo reconhecido em um festival tão importante e concorrendo com outras dezenas de obras em todo o continente, é realmente um motivo de grande orgulho para mim. O projeto, feito com baixo orçamento, mas muito amor e dedicação, dá sua contribuição para o resgate da memória do nosso futebol, do nosso esporte, e da nossa cidade”, afirma o jornalista, que durante o processo de montagem do filme, realizou mais de 20 entrevistas, inclusive no exterior.
“O filme tem como grandes riquezas o carisma dos personagens e a história, obviamente. Além de imagens raras, conseguimos alguns depoimentos reveladores e inéditos. Foram meses de muito trabalho de produção, direção, captação de imagens, pesquisa e tudo o que envolveu o processo produtivo. Simultaneamente, batalhando atrás de recursos para que o documentário se concretizasse. Posso dizer que já realizei dois sonhos. O primeiro de ver o resultado na tela do cinema, e agora, selecionado em um festival respeitado internacionalmente”, diz.