O filme “A vida invisível”, de Karim Aïnouz, foi escolhido para concorrer à vaga entre os cinco indicados de melhor filme estrangeiro no Oscar 2020. O anúncio foi feito pela Academia Brasileira de Cinema nesta terça-feira, 27 de agosto, durante uma coletiva de imprensa na Cinemateca Brasileira. Votaram Anna Muylaert, Amir Labaki, Sara Silveira, David Shurmann, Ilda Santiago, Mikael de Albuquerque, Vania Catani, Walter Carvalho e Zelito Viana.
Outras onze produções participaram da seleção: “A última abolição, de Alice Gomes; “A voz do silêncio”, de André Ristum; “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho; “Bio”, de Carlos Gerbase; “Chorar de rir”, de Toniko Melo; “Espero tua (Re)volta”, de Eliza Capai; “Humberto Mauro”, de André Di Mauro; “Legalidade”, de Zeca Brito; “Los Silencios”, de Beatriz Seigner; “Simonal”, de Leonardo Domingues e “Sócrates”, de Alex Moratto.
O longa-metragem, coproduzido pelo Canal Brasil e que fala da invisibilidade dos mais variados tipos de violência sofridos por mulheres, foi selecionado na lista de doze concorrentes e, agora, aguarda o anúncio dos finalistas, que acontece no dia 13 de janeiro, em Los Angeles, Califórmjia (EUA). A cerimônia do Oscar® está marcada para o dia 9 de fevereiro. A última vez que o Brasil emplacou uma indicação foi em 1999, com o filme “Central do Brasil”, de Walter Salles.
O filme é baseado no livro “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha, e conta a história das irmãs Gusmão, Eurídice e Guida, e estreia nos cinemas brasileiros no dia 31 de outubro. Fernanda Montenegro e Carol Duarte dividem o papel de Eurídice, enquanto Julia Stockler interpreta Guida. Em 1999, quando “Central do Brasil” foi indicado á principal categoria do Oscar® par estrangeiros, o filme também contava com a participação da atriz Fernanda Montenegro, que foi inclusive indicada ao Oscar de melhor atriz naquele ano.
Sinopse
Década de 1940. Eurídice é uma jovem talentosa, mas bastante introvertida. Guida é sua irmã mais velha, e o oposto de seu temperamento em relação ao convívio social. Ambas vivem em um rígido regime patriarcal, o que faz com que trilhem caminhos distintos: Guida decide fugir de casa com o namorado, enquanto Eurídice se esforça para se tornar uma musicista, ao mesmo tempo em que precisa lidar com as responsabilidades da vida adulta e um casamento sem amor.