Segundo levantamento do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), ligado ao Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp) – atende 43 cidades – e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-RP), o consumidor ribeirão-pretano deve gastar 25% a mais na compra do presente dos Dia dos Pais, celebrado neste domingo, 8 de agosto.
A alta ocorre por causa do aumento generalizado de preços desencadeado pela crise da covid-19. O comércio de Ribeirão Preto projeta aumento de vendas entre 4% e 6% para o Dia dos Pais deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020. O tíquete médio deve ser de R$ 200.
“A maioria dos consumidores deve parcelar a compra do presente nesse momento de maior ‘aperto’ nas finanças. Como no ano passado, o Dia dos Pais ficou abaixo das expectativas, nesse ano, com a pandemia mais controlada e a tendência de recuperação do emprego e da renda, os filhos não deixarão de presentar os pais, lembrando que os avós também serão lembrados”, afirma Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.
Nas datas que antecedem o Dia dos Pais, o comércio de Ribeirão Preto terá horário especial de funcionamento. Nesta sexta-feira (6), as lojas vão abrir das oito às 18 horas, com extensão facultativa até as 22 horas. No sábado (7), os estabelecimentos atenderão das oito às 15 horas, mas podem permanecer abertos até as 18 horas.
Os quatro shopping centers de Ribeirão Preto – RibeirãoShopping (Hardim Califórnia), Santa Úrsula Shopping (Higienópolis/Centro), Shopping Iguatemi (Vila do Golfe) e Novo Shopping (Ribeirânia) – abrirão normalmente das dez às 22 horas.
Lembrando que, segundo o Plano São Paulo, o horário de funcionamento do comércio e de serviços foi estendido das 23 horas para até a meia-noite e a capacidade de ocupação passou de 60% para 80%. O uso de máscara e o distanciamento social continuam valendo.
“O Sincovarp e a CDL orientam o comerciante a consultar a Convenção Coletiva de Trabalho e verificar as regras trabalhistas previstas para sexta (6) e sábado (7)”, diz Paulo César Garcia Lopes, presidente das duas entidades de classe que representam os comerciantes.
“O lojista deve ficar atento para que não saia prejudicado nesse momento tão importante para as vendas. A CCT está disponível pelo www.sincovarp.com.br”, emenda o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e da Câmara de Dirigentes Lojistas.
Uma das principais datas do varejo no segundo semestre, o Dia dos Pais deve aquecer as vendas do setor. De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP), com a participação das principais CDLs do Estado, neste ano, o crescimento deve ser de 5%.
Mesmo com o bom desempenho do varejo no digital, a maior parte do volume de vendas vai permanecer no varejo físico. De acordo com a pesquisa, cerca de 65% dos lojistas esperam que o comércio de rua e os shoppings recebam alta demanda. Bares e restaurantes foram significativamente afetados durante as fases mais restritivas, com a flexibilização, também devem apresentar um cenário positivo.
CNC
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima para o Dia dos Pais deste ano volume de vendas de R$ 6,03 bilhões, maior faturamento desde 2018, com alta de 13,9% em comparação à mesma data no ano passado. Na mesma época as vendas caíram 11,3% e geraram o menor volume financeiro (R$ 5,30 bilhões) desde 2007, que foi de R$ 4,98 bilhões.
A cesta de bens e serviços para o Dia dos Pais sinaliza crescimento de 7,8% em relação à do ano passado, maior variação desde 2016, quando subiu 8,6%. Dos 13 itens analisados, apenas dois estão, em média, mais baratos do que há um ano: livros (1,7%) e aparelhos de som (1,3%). Os maiores aumentos são observados em televisores (22,3%), bebidas alcoólicas (11,8%) e perfumes (10,5%).