As unidades de saúde que atendem casos de urgência e emergência em Ribeirão Preto registram aumento de 56% nos atendimentos entre domingo (2) e segunda-feira, 3 de janeiro, em comparação com a média constatada nas duas semanas anteriores. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.
A pasta informa ainda que, em dois dias, nas especialidades de pediatria e clínica médica, foram efetuados 5.741 atendimentos. A média diária de atendimento nas últimas 48 horas ultrapassa 2.800 nos postos da cidade. De acordo com a administração municipal, as unidades de pronto-atendimento apresentam um aumento no fluxo de pacientes desde a semana passada, devido ao elevado número de casos de síndrome gripal.
Por conta disso, a pasta ampliou o quadro de médicos das unidades e garante que nenhum paciente ficará sem ser atendido. A Secretaria Municipal da Saúde esclarece também que está monitorando o atendimento diariamente e novas medidas serão tomadas conforme essas avaliações.
Desde sexta-feira, 31 de dezembro, o movimento cresceu na Unidade Básica e Distrital de Saúde Doutor Marco Antônio Sahão (UBDS Sul, na Vila Virgínia, rua Franco da Rocha nº 1.270) e nas três Unidades de Pronto Atendimento da cidade.
São elas a UPA Doutor Luis Atílio Losi Viana (UPA Leste, avenida Treze de Maio nº 353, Jardim Paulista), Nelson Mandela (UPA Norte, no Adelino Simioni, avenida General Euclides de Figueiredo nº 295 ) e Doutor João José Carneiro (UPA Oeste, no Sumarezinho, rua Teresina nº 678).
Segundo os usuários, a demora no atendimento chegou a cinco horas no final de semana e na manhã desta terça-feira ainda havia fila nestes locais. Em 29 de dezembro, a Secretaria de Saúde havia informado que a cidade já tem transmissão comunitária da variante Ômicron e a circulação do vírus H3N2 da gripe Influenza.
Com isso subiu para sete o número de infectados pela nova cepa do Sars-CoV-2. Dos casos confirmados, três pacientes não saíram de Ribeirão Preto e negaram contato com viajantes ou outras pessoas infectadas, o que caracterizaria a transmissão comunitária.
O primeiro caso da Ômicron em Ribeirão Preto foi divulgado no dia 21 de dezembro. Na época, a Secretaria da Saúde também afirmou que a nova cepa da gripe H3N2 infectou seis pessoas que precisaram de atendimento nos serviços de saúde da cidade.
Na semana passada, o secretário municipal da Saúde, José Carlos Moura, afirmou que o município avalia retomar o Polo Covid-19. Desta vez, ele não seria apenas para atendimento do coronavírus. O local seria um ponto de apoio para atendimento de quadros de síndromes gripais.
Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado em 2 de dezembro e com dados até 30 de novembro, a cidade registrou um caso e uma morte pelo vírus influenza B no ano passado. Não houve ocorrências de influenza A não subtipado, H1N1 e H3N2. Em 2020 foram doze casos e quatro óbitos, contra 62 ocorrências e 13 mortes em 2019.
No período anterior (2018), Ribeirão Preto registrou 104 infecções e 23 vítimas fatais. Entre 2015 e este ano foram 317 casos e 60 mortes na cidade. Em 2020, a cidade registrou 3.172 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) atribuídos ao vírus influenza e 970 óbitos. Neste ano já são 5.981 ocorrências e 2.042 mortes.