Tribuna Ribeirão
Esportes

Fifa suspende Rony por 4 meses e proíbe Athletico de contratar por 2 janelas

CESAR GRECO/AG.PALMEIRAS

A Fifa puniu nesta segun­da-feira o atacante Rony, do Palmeiras, por quatro meses. Por esse período ele não po­derá disputar nenhuma par­tida oficial. A decisão atende uma reivindicação do antigo clube do jogador, o Albirex Niigata, do Japão, que acio­nou a entidade máxima do futebol para reclamar da que­bra de um contrato feito anos atrás com o próprio atleta. A notificação da Fifa pune tam­bém o Athletico-PR, que foi o destino do atacante logo após ter saído da equipe japonesa. A decisão ainda cabe recurso.

Em 32 páginas, a entida­de explica o longo imbróglio jurídico que envolve Rony e a equipe paranaense. O caso começou em 2017, quando o jogador deixou o Cruzeiro para reforçar o Albirex Niiga­ta. A equipe japonesa susten­ta que na época assinou com o atacante um acordo de um ano de empréstimo. Após esse período, haveria uma renovação automática para um vínculo efetivo por mais duas temporadas.

Porém, ao fim do primei­ro ano no Japão, Rony deixou a Ásia e assinou com o Athle­tico-PR. O jogador alegava não existir o acordo de reno­vação e fechou vínculo com o time. No início deste ano, o atacante se transferiu para o Palmeiras, após longa nego­ciação. O acordo demorou a ser fechado justamente pela pendência existente entre Rony e o Albirex. Inclusive, esse impasse levou o Corin­thians a desistir de contratar o jogador.

Na decisão desta segunda, a Fifa determina que Rony descumpriu um contrato com o time japonês e, por isso, terá de pagar cerca de R$ 6 milhões, valor a ser acres­cido ainda com 5% de juros mensais contabilizados entre março de 2019 até a data do pagamento. Já para o Athleti­co-PR, a punição será de não poder registrar os contra­tos de novos jogadores pelo período de duas janelas de transferências. Isso na prática força o clube a contar ape­nas com o elenco atual, sem a possibilidade de se reforçar com outros atletas. O Palmei­ras não sofrerá punições.

O advogado que represen­ta o Albirex Niigata, Breno Tannuri, afirmou que o clube japonês ainda vai insistir para conseguir aumentar a inde­nização. “A decisão imposta pela Fifa é justa e foi acerta­da. Mas entendemos ainda que o valor da indenização está abaixo do pretendido. O jogador tinha três anos de contrato com Albirex, mas rescindiu e deixou o clube”, afirmou.

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