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Fifa revela que Brasil lidera ranking de vendas de jogadores pelo mundo em 2020

© Divulgação/Fifa

Relatório da Fifa sobre ope­rações de compra e venda de jo­gadores realizadas em 2020 con­firma o Brasil como principal fornecedor de mão de obra no mercado mundial do futebol mes­mo em meio à pandemia. No ano passado, foram 2.008 transações envolvendo atletas brasileiros. O número é mais do que o dobro do que o segundo país no ranking, a Argentina, com 899 negociações de seus atletas.

Segundo o relatório da Fifa, em 2020 foram registra­das 17.077 transferências em todo o mundo, uma redução de 5,4% em relação a 2019 (18.047), devido à covid-19. Foi a primeira queda em dez anos, mas, ainda assim, os nú­meros de 2020 foram superio­res aos de 2018 (16.547).

As transações envolvendo jogadores brasileiros foram também as que mais movi­mentaram dinheiro em todo o mundo: US$ 734 milhões (R$ 4 bilhões). Em seguida, estão os atletas espanhóis com US$ 612 milhões (R$ 3,5 bilhões).

A maior transação envol­vendo um jogador brasileiro em 2020 foi a venda do volante Ar­thur do Barcelona para a Juven­tus por US$ 85 milhões (R$ 464 milhões). O que chama atenção é que dois anos antes o clube ca­talão havia pago ao Grêmio US$ 48 milhões (R$ 262 milhões) pelo jogador. Ou seja, hou­ve valorização de quase 90%.

“Jogador brasileiro é com­modity. Fazendo uma compa­ração, é como vender miné­rio de ferro para os europeus transformarem em aço. Você vende um jogador por R$ 10 milhões e dois anos depois eles revendem por R$ 80 milhões. Os europeus já aprenderam que, se você detecta um talento aqui no Brasil e o aperfeiçoa, pode lucrar muito em um cur­to prazo”, analisa Marcelo Ro­balinho, empresário de mais de 60 jogadores de 15 países.

Jorge Machado, agente que intermediou a venda de Arthur para o Barcelona, entre outros negócios, destaca a dimensão do mercado brasileiro em com­paração com os outros centros do futebol mundial. “O jogador brasileiro, além de ser bom e ba­rato, tem em muita quantidade. Aqui tem muita opção. Vejam o caso do Marinho, do Santos. É hoje, para mim, o melhor joga­dor do Brasil e só foi atingir esse nível aos 30 anos. Só no Brasil tem esse tipo de situação”, diz.

O calendário é outro fator que favorece a exportação de jogadores. Os campeonatos es­taduais, disputados no primeiro semestre, têm milhares de jo­gadores vinculados a centenas de clubes de todo o País. Mas, no segundo semestre, as op­ções de trabalho se restringem basicamente a 60 times com calendário fixo nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro.

“Muitos atletas não têm espaço aqui e, por isso, bus­cam uma carreira no exterior. Em muitos casos, esse tipo de transação é, na verdade, a so­bra que o mercado interno não consegue absorver”, diz o em­presário Jorge Moraes, presi­dente da Associação Brasileira de Agentes de Futebol.

Grande parte dessas trans­ferências tem como destino Portugal. Com 274 transações registradas ano passado pela Fifa, o país é a principal porta de entrada dos atletas brasileiros no mercado europeu. No ano passado, a contratação de maior destaque entre os dois países foi Everton Cebolinha, que trocou o Grêmio pelo Benfica.

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