O Brasil, por exemplo, já não poderia contar com 11 jogadores nos jogos de setembro das Eliminatórias contra Chile, Argentina e Peru. Nove que atuam na Inglaterra – Alisson, Fabinho e Roberto Firmino, do Liverpool; Ederson e Gabriel Jesus, do Manchester City; Thiago Silva, do Chelsea; Richarlison, do Everton; Fred, do Manchester United; e Raphinha, do Leeds United – e dois na Espanha – Casemiro e Eder Militão, do Real Madrid. Mas, ao que parece, essa situação ainda está longe de ser resolvida.
Isso porque a Fifa, através do seu presidente Gianni Infantino, enviou uma carta à Alejandro Dominguez, mandatário da Conmebol. O documento reitera que os clubes devem liberar seus jogadores para a rodada tripla das Eliminatórias. E deixa a advertência de que “procederá a reiterar às respectivas associações filiadas e aos clubes afetados as bases regulatórias a que estão sujeitas, bem como a fazê-los participar nas consequências do seu eventual descumprimento”.
O parecer da Fifa visa dar um respaldo para a Conmebol em relação à próxima Data Fifa. Isso porque a entidade que gere o futebol da América do Sul acredita que as seleções terão um amparo para contar com seus principais jogadores nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Por outro lado, as duas ligas citadas seguem firmes em sua posição.
Vale citar que a nota da Fifa foi emitida na última segunda-feira, enquanto que os comunicados oficiais da Premier League e da LaLiga foram divulgadas na terça. Além disso, não está descartado que outras ligas europeias tomem o mesmo rumo.
Os clubes reclamam que a Fifa aumentou “unilateralmente” o tempo em que os jogadores precisam ser cedidos às seleções sul-americanas – dos usuais nove dias para 11 dias. A entidade que comanda o futebol no mundo argumenta que a decisão foi ratificada pelo Bureau do Conselho da Fifa, um órgão interno formado pelos presidentes das seis confederações continentais. Nesse órgão, a votação foi 5 a 1 – só a Uefa votou contra.