A delegada da Polícia Civil de Jaboticabal, Andrea Fogaça, investiga o que aconteceu na noite de domingo (3) no banheiro da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade, onde o corpo de recém-nascida foi jogado dentro de uma lixeira com papel higiênico na boca. Uma funcionária da limpeza estranhou o peso do material dispensando no recipiente e, ao remexer no lixo, encontrou o feto feminino de 2,7 quilos.
Informações obtidas com os atendentes da unidade, revelaram que momentos antes uma mulher, de idade presumida em 40 anos, pediu para usar o banheiro alegando cólica menstrual.
Ela trancou a porta e demorou para sair. Uma auxiliar de enfermagem perguntou sobre possível ajuda, e a mulher respondeu que não precisava. Suspeita-se que tenha dado à luz e colocado a bebê na lixeira. O papel higiênico colocado na boca da criança seria para evitar que chorasse.
A mulher foi internada no Hospital Santa Isabel em Jaboticabal e nega que tenha feito o parto sob investigação da Polícia Civil.
Questionada sobre a ocorrência, a delegada respondeu “não sabemos se foi infanticídio, ou seja, se a mulher teria praticado o aborto. Não sabemos ainda se foi aborto natural e o caso é investigado com apoio de peritos e médicos”, concluiu.
A secretaria da Saúde de Jaboticabal emitiu nota oficial:
A Secretaria de Saúde informa que uma funcionária da limpeza da UPA Jaboticabal encontrou um bebê de 2,7 kg no banheiro usado pelas pacientes, por volta das 23h30 deste domingo.
A criança estava na lixeira, já sem vida, com papel higiênico na boca.
A Prefeitura acionou imediatamente a polícia, que investiga o caso.
A paciente suspeita está internada em um hospital da cidade.