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Festival italiano será em outubro 

Evento será realizado de 6 a 8 de outubro, na paróquia Santa Teresinha Doutora (Divulgação)

A organização do 2º Nostra Itália, festival gastronômico e cultural de Ribeirão Preto, espera um público ainda maior que na edição do ano passado, quando cerca de cinco mil pessoas compareceram ao espaço de eventos da Paróquia Santa Teresinha Doutora, na Ribeirânia.

Neste ano, o evento – que celebra a contribuição da colônia italiana para a cidade – será realizado de 6 a 8 de outubro, no mesmo local, e contará com muita comida e eventos culturais típicos. No cardápio, lasanha, parmegiana, nhoque, pizza, porchetta, polenta, capeletti, rondelli, canelone, doces, gelatos e vinho.

O público poderá aproveitar de graça as atividades culturais que ocorrerão durante o evento. Entre elas, uma exposição da artista plástica Carolina Mioto e o lançamento de um livro da escritora local Vanessa Milani. Também já estão confirmadas as presenças de Ivano Italianíssimo, Banda Escaravelho, Banda Sinfônica Senai, Ricardo Bombarda e Coral da Unaerp.

O festival tem apoio cultural da Prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria Municipal da Cultura e Turismo. Pedro Leão, secretário da pasta, lembrou a importância dos imigrantes para a formação de nossa cultura, sobretudo os italianos, que já foram mais da metade da população de Ribeirão Preto.

O evento será realizado no estacionamento da Paróquia Santa Teresinha Doutora, na rua Mariana Cândida Rosa Curi nº 650, na Ribeirânia. “Somos uma metrópole potente e diversa, graças aos trabalhos e herança cultural das famílias que aqui vieram e fincaram suas raízes”, afirma o secretário municipal de Cultura e Turismo, Pedro Leão.

“A cultura é o caminho para o diálogo entre os povos e o Brasil é uma referência neste aspecto justamente por sermos o resultado da mistura de muitos. Ao reconhecer aqueles que nos antecederam, estamos reconhecendo o que há de melhor em nós”, completa.

A imigração da Europa para o Brasil teve grande influência na formação cultural e econômica de Ribeirão Preto, cidade desenvolvida a partir da produção agrícola. Pois foi justamente para trabalhar nas lavouras que camponeses de várias partes do continente europeu vieram para o Brasil.

Eles eram portugueses, franceses, austríacos, russos, alemães, gregos, suíços, belgas, sírios, espanhóis e italianos, sobretudo italianos. Para se ter uma ideia, entre 1890 e 1902, Ribeirão Preto viu sua população aumentar em 340%, passando de 12.033 para 52.910 habitantes. Desses, 27.765 eram italianos, ou seja, mais da metade da população da cidade.

No começo, foi difícil. Com a viagem de navio custeada pelos futuros empregadores, a maioria já chegou devendo aos fazendeiros de café. E, além da árdua tarefa de cuidar das imensas lavouras dos patrões, os italianos que aqui chegaram para trabalhar como colonos lutavam para conseguir tempo para plantar algo para si.

Com o tempo, criaram vínculos, outros negócios e se organizaram em sociedades recreativas que, além de ajudar a se ambientarem socialmente, permitiam que vivenciassem suas próprias culturas, típicas da saudosa pátria. Com isso, imprimiram sua marca à cidade, que hoje exibe esta presença nas artes e na gastronomia.

 

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