A Feira da Empregabilidade, realizada na manhã desta quinta-feira, 25 de outubro, nas dependências da Faculdade Anhanguera, na Zona Norte de Ribeirão Preto, atraiu cerca de 250 candidatos a alguma das 100 vagas de trabalho oferecidas neste evento realizado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert) e a prefeitura. Todos entregaram currículos, participaram das quatro oficinas e agora estão na expectativa de recolocação no mercado. Além dos convencionais, o “feirão” também atendeu pessoas com deficiência.
Segundo Ismael Colosi, diretor regional da Sert, todos os candidatos participaram das quatro oficinas – com os temas “como participar de entrevistas de emprego”, “qual a melhor forma de elaborar um currículo”, “empreendedorismo e intraempreendendorismo”, redes sociais e emprego”. A secretaria participou com o Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT), com o Programa Time do Emprego do Poupatempo e com o Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência (Padef).
A prefeitura foi representada pelas secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Serviços e da Educação. O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) compareceu na abertura. As vagas foram oferecidas também por parceiros e empresas como a Eventos Rh, Sindicato dos Metalúrgicos de Ribeirão Preto e Região, Grupo New Foco, MRV, Centro Integrado Empresa-Escola (CIEE), Ágil Cursos, Fundação de Educação para o Trabalho (Fundet), Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto (Adevirp) e Faculdades Anhanguera.
Havia vagas para analista de crédito, de Implantação de TI e auditor externo, que exige formação em contabilidade. Há um ano desempregada, Marta de Fátima Aroste, de 56 anos, está otimista com o bom momento da economia em Ribeirão Preto para conseguir uma recolocação no mercado de trabalho. “Essa Feira é uma oportunidade maior pra gente conseguir um emprego e focar em temas como a entrevista de emprego e a capacitação profissional”, ressalta a auxiliar administrativa.
Para quem não participou da Feira da Empregabilidade e tiver interesse em fazer o curso de Entrevista de Emprego, que ensina como montar o currículo, como se preparar para uma entrevista com dinâmicas abordando o que pode ou não ser dito durante o processo seletivo, pode procurar a Secretaria do Emprego, no setor Verde, no Poupatempo. A Eventos RH participou com a oferta de 18 vagas “emergenciais, que precisamos preencher mais rapidamente. São vagas temporárias para o comércio e indústria”, informa Danielle Peruchi, coordenadora de Recursos Humanos.
A Faculdade Anhanguera colocou sua estrutura física à disposição das empresas e seus profissionais para ministrar os cursos aos interessados. “A oferta é pequena e a busca muito grande e esperamos com as oficinas que eles saiam capacitados para enfrentar o mercado de trabalho e essa busca pelo emprego”, explica Maria Eduarda Serafim, consultora de carreira da instituição de ensino, que pretende promover nova edição do evento, mas ainda sem data definida.
A assessoria de imprensa da Faculdade Anhanguera informou ao Tribuna que muitas das 250 pessoas que participaram do feirão se enquadraram nas 100 vagas oferecidas. Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, de janeiro a agosto deste ano, 31.573 empregados foram demitidos na cidade.
Segundo o Caged, o resultado de setembro em Ribeirão Preto é o melhor para o período em cinco anos, desde 2013. O saldo do mês passado foi de 534 vagas, com 7.697 admissões e 7.163 demissões. A abertura de novos postos, porém, perdeu força em relação a agosto, quando a economia local fechou o mês com superávit de 1.813 carteiras assinadas – a cidade abriu cerca de 60 postos de trabalho por dia. A queda foi de 70,5%, com 1.279 rescisões a menos, cerca de três vezes abaixo do registrado no período anterior.
Os principais setores da economia local fecharam o mês passado no “azul”, mas com resultados mais modestos do que os de agosto. Apenas a agropecuária, que nem é tão forte no município, registrou déficit. O saldo de setembro deste ano é cerca de 2,7 vezes superior ao de agosto de 2017, quando Ribeirão Preto registrou déficit de 316 empregos formais (6.541 contratações e 6.857 dispensas), um crescimento de 268,7%, com aporte de 850 vagas com carteira assinada.
O superávit em 2018, até dia 30 do mês passado, é de 5.171 empregos com carteira assinada. O Caged divulgou erroneamente que são 5.399, mas a soma dos saldos mensais não bate – janeiro (1.299), fevereiro (524), março (206), abril (589), maio (233), junho (662), julho (635), agosto (1.813) e setembro (534). Ribeirão Preto, que em agosto obteve o melhor resultado entre as cidades do interior paulista, em setembro ficou em sétimo no estado, atrás da capital São Paulo (superávit de 6.165), Santos (1.170), São Bernardo do Campo (639), Mogi das Cruzes (623), Bauru (583) e Sorocaba (544).
O setor de serviços de Ribeirão Preto obteve o melhor resultado em setembro, com saldo de 313 vagas (4.245 admissões e 3.932 demissões), seguido da indústria com 119 (613 contratações e 494 dispensas). Depois aparece o comércio, com superávit de 98 carteiras assinadas (2.180 novos contratos e 2.082 rescisões), e a construção civil, com 16 empregos formais (611 e 595, respectivamente). Somente a agropecuária fechou com déficit de dez postos (12 admissões e 22 demissões).