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Feira volta para local de origem  

Realizada todas as terças-feiras em três quarteirões da rua Marcondes Salgado, a tradicional feira livre mudou para a Nove de Julho por causa de obras 

Feira na rua Comandante Marcondes Salgado, no Centro de Ribeirão Preto, é uma das ,mais tradicionais da cidade e acontece sempre às terças-feiras (Alfredo Risk)

A partir desta terça-feira, 18 de março, uma das mais tradicionais feiras livres de Ribeirão Preto, realizada em três quarteirões da rua Comandante Marcondes Salgado – entre a Bernardino de Campos e a Lafaiete –, voltará para seu local de origem.

Desde 21 de janeiro, a feita era realizada na avenida Nove de Julho, entre a avenida Santa Luzia e a antiga sede da Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto (Recra Cidade) – recentemente comprada pelo Sesc São Paulo –, por causa das obras de instalação de novas galerias de águas pluviais. São 120 feirantes cadastrados, mas somente 60 ativos.

A mudança temporária de local foi motivada pelas obras de instalação de novas galerias de águas pluviais na Marcondes Salgado até a avenida Doutor Francisco Junqueira, que foram concluídas no local da feira livre – a prefeitura havia anunciado que seriam finalizadas no dia 10. 

A construção das galerias faz parte das obras de restauração, revitalização e de construção de corredor de ônibus na centenária Nove de Julho, pelo Programa Ribeirão Mobilidade. Abrange 14 quarteirões das ruas São José e Marcondes Salgado. Deverão interligar a avenida até o córrego Retiro Saudoso, na avenida Francisco Junqueira. 

Na época da interdição, o presidente do Sindicato dos Feirantes de Ribeirão Preto, Atílio Danese, disse que apesar de a mudança ser temporária, não foi havia sido informada uma data de retorno ao local de origem. O prazo não foi definido na ata da reunião realizada entre a prefeitura e os feirantes devido às constantes chuvas que atingiam a cidade em janeiro.

“As obras são necessárias, mas esperamos que não atrasem porque os feirantes, comerciantes e a população que passa pela região estão enfrentando muitos problemas. Os feirantes e os comerciantes para vender e as pessoas para fazerem suas compras”, afirmava Atílio Danese. 

O que diz a prefeitura – Por meio de nota enviada ao Tribuna, a Secretaria Municipal de Obras Públicas disse em janeiro que “a feira teve seu local modificado temporariamente para garantir a segurança de todos e ainda dar continuidade do comércio de rua e retornará para o local tradicional após a conclusão das obras”.

As feiras livres fazem parte do cotidiano do ribeirão-pretano há 76 anos. Criadas por lei, em 1948, pelo então prefeito José Magalhães e implementadas, de fato em 1954, pelo prefeito Alfredo Condeixa Filho, tiveram seu primeiro ponto de funcionamento na praça Sete de Setembro, na região Central da cidade.

Ao longo de décadas se transformaram em referência, ponto de encontro para muita gente e ajudaram quase todos os feirantes a conseguirem fazer o chamado “pé de meia”, possibilitando que seus filhos pudessem, por exemplo, cursar uma faculdade.

Na década de 1980, o sucesso das feiras era tanto que a cidade chegou a ter cerca de 450 feirantes cadastrados pela prefeitura de Ribeirão Preto. Entretanto, com a concorrência dos supermercados e varejões, que ganharam força a partir do final dos anos noventa, o número de barracas foi diminuindo. 

Atualmente, a cidade tem cerca de 350 feirantes cadastrados, mas não significa que todos estão na ativa. De acordo com o site da prefeitura, 29 feiras – entre diurnas e noturnas – distribuídas ao longo da semana. A empresa Era-Técnica Engenharia Construções e Serviços Ltda. venceu a licitação das obras na Nove de Julho ao apresentar proposta no valor global de R$ 32.411.776,19.

A previsão inicial do governo Duarte Nogueira (PSDB) era entregar a nova Nove de Julho em junho de 2024, durante as comemorações dos 168 anos de Ribeirão Preto, mas o contrato foi prorrogado por mais doze meses. Todo o projeto, inclusive com as intervenções na avenida, deve ficar pronto no final de abril deste ano. A rua São José foi liberada ao tráfego no dia 9 de março

As obras começaram em 20 de julho de 2023. Em dezembro daquele ano, 40% dos trabalhos deveriam estar concluídos. Porém, apenas 8% foram realizados pela Construtora Metropolitana. No início de 2024, a Era-Técnica Engenharia Construções e Serviços Ltda. venceu o novo certame lançado pela administração.

A economia foi de 5,63% em relação ao custo estimado inicialmente em edital, de R$ R$ 34.344.037,88, desconto de R$ 1.932.261,69. Porém, o acréscimo chega a R$ 1.279.674,42, aumento de 4,11% em relação aos R$ 31.132.101,77 propostos pela Construtora Metropolitana, que teve o contrato rescindido unilateralmente em dezembro de 2023 sob o argumento de não cumprimento do cronograma das obras definidos em contrato.

 

 

 

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