A Faculdade Anhanguera de Ribeirão Preto busca ampliar as possibilidades de quem está à procura da tão sonhada vaga no mercado de trabalho. Nesta quinta-feira, 29 de agosto, a instituição promoveu mais uma edição da Feira de Empregabilidade, evento gratuito e aberto à comunidade que está em busca de emprego. Cerca de 700 pessoas entregaram currículos e participaram de cursos de capacitação de olho em alguma das 400 vagas disponíveis.
Representantes de 17 empresas, do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e do Time do Emprego participaram do evento. Muita gente chegou ao local de madrugada. Por volta da uma hora da manhã já havia interessados na fila, que dobrou o quarteirão na avenida Eduardo Andréia Matarazzo (Via Norte), na Vila Albertina, na Zona Norte. Os portões foram abertos às nove horas e a entrega de currículos terminou às 13 horas
A seleção de candidatos foi feita por recrutadores, responsáveis por divulgar as vagas e solicitar os currículos dos interessados. Entre os 400 postos oferecidos estão o de consultor de vendas, mecânico, auxiliar de produção, assistente administrativo e analista de marketing digital.
A taxa de desemprego no país apresentou leve recuo de 12,7% para 12%, segundo pesquisa divulgada este mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora animadora, a notícia ainda não trouxe alívio ao brasileiro: no total, o desemprego atinge 12,8 milhões de trabalhadores, sendo que 3,3 milhões deles procuram trabalho há, pelo menos, dois anos.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia, Ribeirão Preto fechou julho com superávit de apenas 69 postos de trabalho, fruto de 7.633 admissões e 7.564 demissões, o quarto pior resultado do ano e o mais irrelevante para o mês desde 2016, quando a economia local registrou saldo de 16 empregos formais (com carteira assinada), 53 a mais, 331,2% acima.
Porém, a situação melhorou na comparação com junho, quando houve déficit de 285 vagas, crescimento de 124,2% no mês passado, diferença de 354 empregos formais. Em relação a julho do ano passado, quando Ribeirão Preto constatou a geração de 635 postos, a queda chega a 89,1%, com 566 rescisões a mais em 2019.
O saldo em sete meses é de 2.271 carteiras assinadas, com 58.971 pessoas admitidas e 56.700 demitidas. Ribeirão Preto está atrás da capital (50.251), Franca (4.249), Barueri (2.656), Indaiatuba (2.640), Bebedouro (2.603), Pontal (2.517) e Santo André (2.498). O resultado em 212 dias deste ano, porém, é 25,1% inferior ao de 3.035 vagas abertas em sete meses do ano passado, com 764 postos a menos em 2019.
Ribeirão Preto detém o superávit mais expressivo do interior paulista no acumulado dos últimos doze meses. São 6.143 vagas formais de emprego, resultado de 99.654 contratações e 93.511 dispensas. Está atrás apenas da cidade de São Paulo, com 65.834, fruto de 1.687.396 carteiras assinadas e 1.621.562 rescisões.
Segundo o Caged, o superávit da cidade em 2018 foi de 6.958 vagas formais de trabalho (96.236 admissões e 89.278 demissões), mais de sete vezes acima ao total de 2017, de 915 empregos com carteira assinada (86.647 contratações e 85.732 dispensas), alta de 660% e aporte de 6.043 empregos. Foi o melhor resultado do interior e o segundo do estado, atrás apenas do da capital (58.357).
“Além da oferta de vagas, a feira é ideal para estabelecer ou ampliar uma rica rede de contatos. A proposta é apoiar no desafio de inserir essa fatia da sociedade de volta no mercado de trabalho, compromisso que também assumimos enquanto agentes transformadores do contexto social”, comenta Rosemary Amorim, diretora da Anhanguera.