Em 16 de março, o Cidadania decidiu encerrar a aliança partidária com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), dissolvendo oficialmente a federação. A decisão foi aprovada pelo Diretório Nacional em votação realizada em Brasília (DF), com a participação de seus dirigentes.
O rompimento da federação está previsto para entrar em vigor em maio de 2026, já que a legislação exige que partidos unidos por meio dela permaneçam juntos por, no mínimo, quatro anos. Desde 2022, as duas legendas formam a federação, disputando com chapa única todas eleições, sejam nacionais, estaduais e municipais.
Para o prefeito Duarte Nogueira, a experiência da aliança teve seus êxitos. Mas, segundo ele, nem tudo foram flores. “Em alguns casos houve discordância das estâncias em certas candidaturas onde os partidos federados tinham preferências opostas. A decisão pelo fim da federação marca uma tomada de decisão por novas estratégias políticas no futuro”, afirma.
O ex-prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, é filiado ao PSDB há 26 anos, mas nos meios políticos cogita-se sua mudança para o Partido Social Democrata (PSD) de Gilberto Kassab. Na semana passada, um novo boato político começou a circular dando conta que o tucano poderia voar para o Republicanos.
Procurado pelo Tribuna para falar sobre o assunto, Duarte Nogueira afirmou que, no momento, continua filiado ao PSDB. O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania), que é de Jardinópolis, na região metropolitana, também foi procurado para falar sobre o fim da federação, mas até o fechamento desta edição não havia se manifestado.
Nas eleições de 2022, o Cidadania e PSDB elegeram 18 deputados federais. No entanto, esse resultado marcou a pior performance eleitoral da história do PSDB, que já chegou a ter 99 deputados na Câmara Federal. Além disso, o partido não conquistou nenhuma cadeira no Senado e obteve apenas três governos estaduais.
A sigla também perdeu o comando do governo de São Paulo, que esteve sob seu domínio por quase três décadas com Mário Covas, Geraldo Alckmin e Rodrigo Garcia. A perda mais recente e significativa para o PSDB foi a desfiliação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra.
Ela migrou para o PSD, partido liderado por Gilberto Kassab. Com a saída de Raquel Lyra, o PSDB ficou com apenas dois governadores: Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul.