A secretaria estadual de Saúde de São Paulo informou o registro de dez casos de febre amarela em moradores do estado, dos quais seis morreram. A atualização pela pasta veio com a confirmação de que nenhuma das vítimas da doença havia sido imunizada antes. Também houve registro de 30 macacos encontrados com a doença nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas, Barretos e Osasco.
A pasta ainda descarta casos de febre amarela urbana, ou seja, a transmissão tem ocorrido em áreas rurais. Segundo a pasta, o estado recebeu 1,9 milhão de doses do imunizante para a doença este ano, de seis milhões que solicitou ao Ministério da Saúde nas primeiras semanas de 2025.
Com a proximidade do carnaval, feriado em que o número de viagens costuma aumentar, há recomendação, da secretaria, para que aqueles que vão para regiões rurais ou de mata busquem a imunização. Os sintomas iniciais da febre amarela são o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores musculares, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
A Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto implementou ações desde a primeira notificação sobre a morte de quatro macacos da espécie bugio, ocorrida no campus da Universidade de São Paulo (USP), no final do ano passado. No dia 13 de janeiro, o Instituto Adolfo Lutz (IAL) confirmou que três saguis fora encontrados mortos na cidade.
Estavam nos bairros Ipiranga (Zona Norte), Ribeirão Verde (Leste) e Parque das Andorinhas (Oeste), testaram positivo para a doença. Até agora, não há nenhum registro de febre amarela em humanos em Ribeirão Preto. No ciclo silvestre, os macacos são os principais hospedeiros e os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes.
O homem participa como um hospedeiro acidental ao frequentar áreas de mata. Já no ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de mosquitos Aedes aegypti infectados.
Desde 2020, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação contra a febre amarela para crianças menores de 5 anos de idade em duas doses. A meta é atingir 95% de cobertura vacinal – atualmente, a cobertura do Estado é de 80%. Em 2024, foram dois casos humanos no estado de São Paulo: um autóctone e outro importado, que resultou em óbito.