O atirador que matou 59 pessoas e feriu mais de 527 em um festival de música em Las Vegas não tinha ligação com grupos terroristas internacionais, informou o FBI nessa segunda-feira. O anúncio do agente especial da instituição, Aaron Rouse, em coletiva de imprensa, ocorreu após o grupo Estado Islâmico ter reivindicado a responsabilidade pelo ataque, embora não tenha apresentado evidências.
O grupo extremista alegou que o atirador, Stephen Craig Paddock, era um “soldado” que havia se convertido ao Islamismo há meses. As autoridades ainda devem identificar a motivação do ataque, mas acreditam que o atirador agiu sozinho. Ele se matou após o tiroteio, antes das autoridades entrarem no quarto em que estava escondido em um hotel.
Por enquanto, não estão claros os motivos do atirador de 64 anos, que não tinha passagens anteriores pela polícia. O Estado Islâmico reivindicou o ataque, dizendo que Paddock havia se convertido ao Islã.
O FBI, no entanto, nega que houvesse laços entre radicais e o atirador, que se matou após cometer o massacre. Mais cedo, autoridades já haviam dito que ele agiu sozinho e provavelmente não era filiado a qualquer grupo armado ou terrorista.
A família do atirador expressou choque ao saber do massacre provocado pelo americano, que nunca teria dado sinais aos seus parentes de radicalização. O irmão do atirador, responsável pelo maior ataque armado da História dos EUA, disse à imprensa que ficou perplexo ao saber do ataque e não poderia imaginar os motivos do seu irmão. O pai do atirador, no entanto, TVE envolvimentos com a justiça norte-americana na década de 1960.
“Meu irmão não tinha afiliação política ou religiosa, até onde nós sabíamos”, afirmou Eric Paddock, acrescentando que “não havia indicação de que ele faria algo assim”. “Nós não tínhamos ideia. Ficamos horrorizados. Estamos perplexos e enviamos nossas condolências às vítimas”.
A polícia encontrou o corpo do suspeito em um quarto de hotel, onde havia 12 rifles, segundo o xerife, logo após o ataque. De lá, no 32º andar, ele atirou repetidamente contra a multidão, que assistia aos shows do festival, por volta das 22h (horário local). Morador de Mesquite, no estado de Nevada, ele teria se matado antes da chegada da polícia, que precisou conduzir uma explosão controlada para entrar nas acomodações.
Mais tarde, os investigadores foram à sua casa em Mesquite, uma cidade tranquila de 20 mil habitantes, e já encontraram os seus dois veículos. Ele não tinha passagens anteriores pela polícia.