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Fazenda alerta para ‘golpe do IPTU’

A prefeitura de Ribeirão Preto informa que vários con­tribuintes entraram em contato com a Secretaria Municipal da Fazenda para reclamar do re­cebimento de e-mail contendo boleto para pagamento da cota única do Imposto Predial e Ter­ritorial Urbano (IPTU) de 2019, com desconto de 15%.

A secretaria esclarece que se trata de um golpe. A pasta diz que envia os boletos/carnês do IPTU apenas para o ende­reço residencial dos contri­buintes, e não pela internet. Os técnicos da Fazenda orientam os contribuintes que recebe­rem qualquer material relacio­nado à cobrança do tributo por e-mail a não abrirem o link.

“Isso pode gerar um boleto para a pessoa efetuar o paga­mento para a conta de um ter­ceiro ou até mesmo contaminar o computador dela com algum tipo de vírus”, esclarece Júlio Ce­sar Delfini. Os boletos do IPTU 2019 ainda não foram gerados, pois, dependem de aprovação ou não da Planta Genérica de Valores (PGV), que tramita na Câmara de Vereadores.

Na sessão desta terça-feira, 11 de dezembro, nenhum vere­ador pediu urgência para votar o novo projeto de revisão da PGV que, segundo a administração municipal, vai gerar reajuste mé­dio de 28% no IPTU – extra-o­ficialmente, a informação é que a proposta não vai gerar aumen­tos superiores a 40%.

Entretanto, o índice de 28% é a média do reajuste, já que o cálculo individual do imposto de cada imóvel será feito a partir do valor venal estabelecido pela nova Planta Genérica de Valo­res – o que pode fazer o tributo disparar, como já aconteceu an­teriormente. Significa que have­rá locais em que o percentual de aumento do IPTU poderá ser, por exemplo, de 5%.

Pela estimativa da adminis­tração, com a nova PGV a ar­recadação em 2019 aumentará 30,3%, com acréscimo de R$ 120 milhões. Ou seja, vai passar de R$ 396 milhões previstos para este ano para R$ 516 milhões. A prefeitura tem pressa porque a Companhia de Desenvolvimen­to Econômico de Ribeirão Preto (Coderp) precisa imprimir os 307 mil carnês que serão distri­buídos em janeiro pelos Cor­reios – aproximadamente 247 mil de imposto predial e outros cerca de 60 mil de terrenos.

A PGV precisa ser votada antes do recesso da Câmara, que começa em 23 de dezem­bro, para que a prefeitura faça, no caso de aprovação pelos ve­readores, o reajuste do IPTU de 2019. Por se tratar de questão tributária, precisa ser aprovada no ano anterior ao de sua apli­cação. A legislação determina que o projeto terá de ser vota­do pelos vereadores em dois turnos – duas sessões – após receber parecer favorável da Comissão de Justiça.

Para entrar na pauta da ses­são da próxima terça-feira (18), é preciso que algum parlamen­tar aliado ao governo peça – nesta quinta-feira (13) – urgên­cia especial para a proposta e que os vereadores aprovem este pedido em plenário.

Caso a prefeitura de Ribei­rão Preto consiga aprovar a revisão da PGV, a correção do IPTU para 2019 será bem aci­ma da inflação acumulada em doze meses, que de dezembro de 2017 a novembro deste ano é de 3,56%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Ins­tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano passado, após mui­ta polêmica, o Executivo desis­tiu da atualização e corrigiu o imposto em 1,83%, baseado no INPC. A proposta da Secreta­ria Municipal da Fazenda era emplacar reajuste de até 100% – 50% neste ano, mais 25% em 2019 e 25% em 2020. No início deste ano foram emitidos 305 mil carnês de IPTU na cidade e a expectativa da prefeitura é arrecadar R$ 396 milhões no atual exercício.

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