Tribuna Ribeirão
Economia

Faturamento do turismo cai 33,4%

ARQUIVO /AG.BR.

O Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomer­cioSP) solicitou ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, assim como a secretários da pasta, que estendam as me­didas que flexibilizaram remar­cações, cancelamentos e reem­bolsos para companhias aéreas a outros segmentos do turismo por, pelo menos, dois anos.

A iniciativa ajudaria muito um setor que perdeu R$ 51,5 bilhões em faturamento duran­te a pandemia de coronavírus, entre março e novembro de 2020, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo. O rombo foi de 33,4% a menos nas recei­tas do setor em comparação ao mesmo período de 2019.

Na prática, a prorrogação já aconteceu – embora apenas até outubro – no caso do setor aéreo. No último dia do ano passado, o presidente editou a Medida Provisória (MP) nº 1.024/2020, que, entre outras providências, prorroga para até 31 de outubro de 2021 a vigên­cia de normas estabelecidas na metade do ano passado, com o objetivo de ajudar o setor aéreo a enfrentar a crise de covid-19.

Entre elas, a possibilidade de os reembolsos por passagens canceladas serem feitos em até doze meses após a data da com­pra, ou opção de, em vez do ressarcimento, o consumidor poder alterar a data do voo sem multas contratuais. As mesmas regras estavam em vigência, no entanto, para todos os outros segmentos do turismo brasilei­ro, por meio da MP 948/2020, convertida na lei nº 14.046/2020.

Essas medidas foram es­senciais para que as empresas turísticas não perdessem li­quidez e, assim, continuassem operando mesmo em meio aos impactos significativos da pandemia sobre o setor – man­tendo negócios e empregos. No entanto, a lei não está mais em vigor. No entendimento da entidade, as medidas emergen­ciais foram tão relevantes no ano passado que deveriam ser estendidas agora para outros agentes, como hotéis, locado­ras e agências de viagens e de atividades culturais.

Além disso, a Fecomer­cioSP pede que uma nova MP seja editada, prorrogando a lei 14.046/2020 para até dezembro de 2022. Além de Jair Bolso­naro e Machado Neto, recebe­ram o ofício da FecomercioSP o secretário executivo-adjunto do Ministério do Turismo, Hi­gino Brito Vieira, e o secretário de Advocacia da Concorrência e Competitividade da mesma pasta, Geanluca Lorenzon, e o secretário especial de Produti­vidade, Emprego e Competiti­vidade do Ministério da Econo­mia, Carlos da Costa.

Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobi­liza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impac­tam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de em­presários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de dez mi­lhões de empregos.

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