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Família de RP denuncia escravidão sexual de menor, em cativeiro da Capital

A família da adolescente P.C.S.C., de 14 anos, desaparecida desde 28 de novembro do ano passado, acredita que a jovem está sendo mantida em regime de escravidão sexual por quadrilha paulista: A polícia investiga o caso

O desaparecimento da adolescente P.C.S.C., de 14 anos, em 28 de novembro do ano passado, no Parque Ribeirão Preto, na Zona Sudoeste da cidade e registrado em boletim de ocorrência na ocasião pela família, que jamais desistiu de encontrá-la, teria origem na ação criminosa de uma quadrilha de escravidão sexual de menores que age no Estado de São Paulo. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) local investiga o caso.

A persistente luta dos familiares da menina em localizá-la, com postagens de “recompensa” sobre seu paradeiro em redes sociais, resultou na suspeita de “cativeiro” de jovens menores de idade em casas de prostituição na capital paulista. Verônica Silva do Nascimento, mãe da garota, relata que depois de procurar a filha em todas as situações possíveis, uma irmã da menor ofereceu R$ 10 mil por informação verdadeira sobre a adolescente.

Nos primeiros dias nada aconteceu. Recentemente, uma pessoa entrou em contato dizendo que não queria o dinheiro, mas apenas ajudar porque a menina estaria em regime de cárcere privado. A Delegacia de Polícia Civil de Guaianases, na Zona Leste de São Paulo, foi informada e procurou a jovem no endereço que a pessoa havia indicado, mas ela não foi encontrada. A informante enviou mensagens no WhatsApp de Verônica Silva avisando que “o acordo” entre as partes não poderia envolver a polícia. “Já que você chamou a polícia, agora o problema é seu”, teria dito.

Segundo a mãe da adolescente, menores estavam no endereço averiguado e algumas pessoas foram detidas. Ela soube pela vizinhança que sua filha esteve por lá, mas por pouco tempo. E teria sido levada para uma casa em Itaquera, também na Zona Leste da capital paulista, mas sem mais detalhes. “Você nunca mais vai ver sua filha”, foi o que Verônica Silva ouviu da pessoa com quem mantinha contato pelo WhatsApp.

No último domingo (8), porém, um homem enviou mensagem informando que a filha seria “transferida” para o Estado da Bahia. Verônica Silva implorou para resolver a situação e resgatar a menina, quando ficou sabendo que teria de pagar R$ 8 mil para tê-la de volta. A resposta foi afirmativa e o pagamento, combinado que seria parcelado.

A negociação em sequência, com a mãe já na capital paulista, no entanto, foi interrompida. O interlocutor voltou a comunicar que a conversa estava encerrada porque a família havia registrado boletim de ocorrência. Na última terça-feira, 10 de abril, a mãe da adolescente desaparecida recebeu mensagem informando que receberia uma foto da filha, que já estaria em território baiano. Nenhuma imagem foi enviada.

Fotos: Arquivo Familiar

Família desconfia que a adolescente é mantida em ‘cativeiro’ com outras jovens menores de idade, em casas de prostituição na capital paulista

 

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