Há quem julgue estranho demais o fato de Walcyr Carrasco agora contar com a parceria de Thelma Guedes na autoria de “Terra e Paixão”.
Engana-se quem pensa assim. Embora sempre seguro e determinado naquilo que deseja e faz, Walcyr e Thelma Guedes já trabalharam juntos outras vezes.
Para quem está do lado de fora, a sensação é que existe, sim, uma certa dificuldade em aceitar os atuais resultados da novela. Tem uma história delineada, conta com um elenco poderoso e também não faltam requintes na sua produção, porém está longe de chegar aos números pretendidos. Ou imaginados.
Pode, claro, ter alguma coisa pegando, que ainda não permita deslanchar e nem estabilizar a sua audiência.
Cabe essa análise.
Mas talvez o que agora falte, não só no caso em questão, mas em toda a dramaturgia da Globo, é não ter mais ninguém no papel que a Edna Palatnik desempenhou nos tempos do Silvio de Abreu, para trabalhar e apoiar os seus autores.
“O Outro Lado do Paraíso”, “Êta Mundo Bom!” e “A Dona do Pedaço”, entre outras, passaram por problemas parecidos, mas puderam se recuperar e dar a volta por cima.