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Falta acolhimento para idosos em RP

O continente americano e o Brasil estão envelhecendo mais rápido do que a média mundial e a ampliação do acesso dos idosos à vacinação é um dos instrumentos para a garantia de uma velhice saudável e autônoma, alertam especialistas. Além de hábitos saudáveis, estar vacinado evita que infecções causem estresse no organismo e desencadeiem problemas que podem até mesmo se tornar crônicos.  

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os idosos do Brasil representam 15,1% da população e tem apresentado um expressivo crescimento nas últimas décadas. Este aumento foi causado por melhorias do setor da saúde, aumento da expectativa de vida, diminuição da mortalidade e queda da natalidade.  

Com a manutenção da tendência atual de crescimento, estima-se que, até 2050, a população idosa do Brasil saltará de 31 milhões de pessoas para 60 milhões. São consideradas idosos todos os indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos de idade.  

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), que completou 50 anos em setembro, oferece um calendário específico de vacinação para os idosos. Além das vacinas contra hepatite B e difteria e tétano, que são recomendadas desde a infância e podem ser administradas também nas faixas etárias superiores, idosos acamados ou em abrigos também devem receber a vacina pneumocócica 23-valente. 

Pessoas acima de 60 anos também precisam ser avaliadas caso precisem receber vacinas como a tríplice viral e a febre amarela, que têm a tecnologia de vírus vivo atenuado. Além disso, as campanhas anuais contra a influenza e a vacinação contra a covid-19 são consideradas prioritárias para essa população.  

Mesmo sendo prevenível por vacina no Brasil, desde a década de 1990, o vírus Influenza faz 70% de suas vítimas entre a população idosa. Além de internação e morte, essa doença também pode descompensar doenças crônicas como cardiopatias e diabetes e causar acidentes vasculares.  

Do ponto de vista individual, o idoso pode ter recomendações adicionais de vacinação, no caso de condições específicas de saúde, o que inclui doenças crônicas frequentes como o diabetes. Nesse caso, deve-se procurar um médico que irá orientar e encaminhar para os serviços especializados existentes e disponíveis. 

Segundo a geriatra Maisa Kairalla, professora da Universidade Federal de São Paulo, as infecções respiratórias, como a influenza, o vírus sincicial respiratório e a covid-19 estão entre as maiores ameaças que podem ser prevenidas por vacinas.  

“É muito difícil um idoso ter uma doença que o leve a ficar 15 dias na UTI e sair do hospital como chegou. É preciso muito cuidado, e, com isso, há perda da qualidade de vida, da autonomia e maior chance de reinternação”.  

Outra doença que pode comprometer gravemente a qualidade de vida de idosos é o herpes zoster, uma manifestação do mesmo vírus da catapora: varicela. Ele, fica alojado no corpo ao longo da vida e pode voltar a causar sintomas após a velhice, porém com um quadro diferente da catapora. A incidência dessa doença chega a ser de 50% entre os idosos que chegam aos 85 anos de idade, segundo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC).  

A vacinação contra a herpes zoster no Brasil só está disponível em clínicas privadas, em versões inativada e atenuada, e a Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda a vacina para pessoas com mais de 50 anos ou imunocomprometidos com pelo menos 18 anos.   

Em Ribeirão faltam vagas para acolhimento de idosos 

Envelhecer não tem sido tarefa fácil em Ribeirão Preto, principalmente para quem precisa de atendimento nas instituições de acolhimento conveniadas com a Prefeitura.  

Isso porque não há vagas disponíveis em nenhuma das cinco entidades que oferecem esse serviço e a lista de espera tem mais de 150 pessoas.  

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ribeirão Preto, possui 114.231 pessoas idosas. Em maio deste ano, o Cadastro Único (CadÚnico), Instrumento de identificação socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda, revelou que a cidade tinha 20.716 pessoas com mais de 60 anos em situação de vulnerabilidade sendo 12.506 mulheres e 8.210 homens. Deste total,6.931 eram idosos com deficiência.  

Quando não é mais possível a convivência do idoso na sua família, cabe ao município oferecer o serviço de acolhimento institucional. Porém, em Ribeirão Preto, não existe esse serviço sendo ofertado diretamente pela Prefeitura. O que há, são instituições sem fins lucrativos conveniadas com a Secretaria de Assistência Social. Esta por sua vez, compra as vagas e repassa os idosos. Mas todas estão com a capacidade já esgotada.  

São elas: Casa do vovô, com 83 acolhidos e capacidade para atender 85; Lar Padre Euclides, com 49 acolhidos e capacidade para 49; Lar dos Velhos, com 24 acolhidos e capacidade 34 (temporariamente sem poder acolher novas idosas, por estar em reforma); Lar Santa Rita, com 23 acolhidos e capacidade para 25; e o Lar do Vovô Albano, com 22 acolhidos e capacidade para atender 24. As vagas que aparecem livre são para situação de extrema emergência.  

Esses locais só podem receber idosos que são encaminhados pela secretaria de Assistência Social. Depois de uma avaliação minuciosa de cada caso. Segundo o Conselho Municipal do Idoso 34 pessoas já passaram pela avaliação técnica com necessidade urgente de abrigamento, mas que estão aguardando vagas, e outras 120 que solicitaram atendimento estão aguardando na fila de espera para serem avaliadas.  

Primeiro exame de sangue que detecta Alzheimer chega ao Brasil 

Chegou ao Brasil no dia 19 de setembro, o exame americano PrecivityAD2, que a partir de uma amostra de sangue simples, ajuda a identificar a doença de Alzheimer em estágios precoces. A iniciativa de colocar o teste no mercado brasileiro é do Grupo Fleury. O procedimento vai custar R$ 3,6 mil e, por ora, não há cobertura deste tipo de exames pelos convênios. 

A disponibilidade de um exame de sangue para diagnóstico da doença é importante para tornar esse processo mais acessível. Ele é quase três vezes mais barato que o PET amiloide (um exame de imagem), que custa cerca de R$ 9 mil e é considerado o padrão-ouro para a identificação do quadro.  

O novo exame é menos invasivo do que o teste de líquor – esse custa em torno de R$ 3.500,00 que depende de punção na lombar, ou seja, uma agulha é usada para coletar o líquido da medula espinhal. Cabe destacar que ele não é um exame de triagem, isto é, não serve para check-up. Ele deve ser aplicado em pacientes que já apresentem sinais e sintomas da doença. 

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