O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a conversão da prisão preventiva de Gustavo Ferraz, ex-diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, em prisão domiciliar. Digitais dele foram encontradas no “bunker” do ex-ministro Geddel Vieira Lima, onde estavam guardados R$ 51 milhões. Por outro lado, Fachin negou pedido para suspender a prisão de Geddel, dizendo que viu nele “a efetiva propensão à reiteração delitiva que, neste momento, só se afigura possível de ser repelida com a mais grave das medidas cautelares”. Em outras palavras, o risco de cometimento de crimes é tal que ele precisa ficar atrás das grades.
Fachin também determinou medidas cautelares como a prisão domiciliar para Job Ribeiro Brandão, assessor do deputado Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel. Assim como no caso de Gustavo Ferraz, foram encontradas digitais dele no bunker. Tanto Brandão como Ferraz não poderão usar telefone ou internet ou manter contato com outros investigados. Também deverão ficar sob monitoramento eletrônico e pagar fiança de 100 salários mínimos.
Geddel foi preso em julho por ordem do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Dias depois, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) mandou soltá-lo. Em setembro, porém, após a descoberta dos R$ 51 milhões em um apartamento a menos de 1km onde ele mora, foi preso novamente. Isso não passou despercebido pro Fachin.