Desde o nome do rapaz que esfaqueou o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) ter sido revelado, o Facebook passou a contar com vários perfis falsos do criminoso. Adélio Bispo de Oliveira foi preso em flagrante ao atentar contra Bolsonaro em passeata em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Os perfis incluem não só o nome do criminoso, bem como fotos divulgadas pela imprensa. Na manhã do feriado de 7 de setembro, uma busca simples pelo nome de Oliveira retornava ao menos 17 perfis, todos com fotos dele.
Alguns criadores dos perfis também aproveitaram o momento para ligar o nome do autor do crime a partidos de esquerda. Um deles inventava que Oliveira seria ligado ao ex-presidente Lula e seria assessor de Dilma, atualmente candidata ao Senado pelo estado de Minas Gerais.
O perfil real de Oliveira capta pouco mais de 10 mil seguidores atualmente. Os comentários se dividem em pessoas que o consideram um “herói” por atentar contra a vida do candidato e aqueles que ofendem e ameaçam o criminoso.
Na verdade, Oliveira é ex-militante do PSOL, mas pediu desligamento do partido em 2014. Ele tem registro de filiação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrado entre 2007 e 2014. Em nota, o partido confirmou a participação de Oliveira, mas repudiou a ação do criminoso, considerando o caso um “atentado contra a democracia”.
Na manhã de hoje, Bolsonaro foi transportado de Juiz de Fora para São Paulo, onde ficará em observação no Hospital Albert Einstein. A situação do candidato é estável.
Fonte: UOL, Canaltech