Até o mês de março de 2024, a exposição “Auto Retrato, Alvo Retrato: Processos Presentes” percorrerá ao todo 6 cidades do interior de São Paulo.
Com mais de 40 anos de trajetória artística, o projeto traz obras dos artistas Maria Helena Ramos e Jaime Domingos Cruz Macalé, que juntamente com os curadores Emaye Natalia Marques e Betto Souza, apresentarão 30 obras explorando temas como memórias, família, resistência e afetividade, destacando a riqueza da arte preta no interior de São Paulo.
“Auto Retrato, Alvo Retrato: Processos Presentes” é estruturada em dois eixos metafóricos que dão nome ao evento, refletindo sobre a importância de olhar para o passado para traçar nosso caminho.
A abertura do projeto aconteceu na cidade de Pradópolis, que além da exposição, ofereceu também uma visita guiada para o público, com entrada gratuita.
A próxima parada será em Guariba e a exposição chega a cidade no dia 04/10 (quarta-feira) e ficará alocada no Museu Histórico “Jorge Nogueira de Carvalho”, localizado na Rua Rui Barbosa, 481 – Centro.
Os artistas e curadores estarão presentes na cerimônia de abertura da exposição, que acontecerá a partir das 19 horas, seguida de um bate-papo com os presentes no local.
Sobre os Artistas:
- Maria Helena Ramos: artista plástica, escultora, poeta e pesquisadora, nascida em Ribeirão Preto, em 1942, e que já coordenou a divisão comercial da Fundação Memorial da América Latina, que para além de ser um centro cultural latino-americado de projeção mundial, possui um acervo permanente de obras de arte, exibidas ao longo da esplanada e nos espaços internos,como também uma biblioteca que possui cerca de 30 mil volumes.
- Jaime Domingos Cruz Macalé: nascido em Orlândia em 1940, artista plástico e arte educador, com mais de 60 anos de produção.
Sobre os Curadores e Artistas:
- Emaye Natalia Marques: nascida em São Joaquim da Barra, SP. Sua pesquisa está centrada na relação entre a população negra do interior paulista e a indústria da cana-de-açúcar—importante atividade econômica na região desde o final do séc XIX—, as ferramentas utilizadas e as vestimentas ligadas a essa produção econômica, especialmente na intersecção destes elementos com a experiência da mulher negra. Sua prática artística se desdobra em cruzamentos entre linguagens performativas e o campo da visualidade (como print e gravura). Como parte intrínseca de seu pensar e fazer artístico, desenvolve ações educativas para exposições. Natália é membro-fundadora e curadora do coletivo Artístico literário Encontrão poético – SP, é Slammaster no campeonato de poesia falada Slam da Cana – RP, e também integrante do Centro Cultural Orunmila em Ribeirão Preto. Natália também atua em exposições coletivas e curadorias independentes, ministra oficinas, supervisiona e elabora projetos de arte-educação desde 2012. Em 2019, artista foi convidada, para a 44° Edição do SARP (Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional – Contemporânea), realizada no centro de arte contemporânea W, (curadoria de Josué Mattos e Yolanda Cipriano) e indicada ao Prêmio PIPA 2021.
- Betto Souza: Roberto Rodrigues de Souza ou Betto Souza (1990) é nascido em Franco da Rocha e foi criado em Francisco Morato – SP, periferia da cidade de São Paulo. Arte educador, poeta e artista visual, Betto Souza faz do desenho um instrumento pedagógico em favor da emancipação e valorização de grupos minoritários em geral e da população negra, mais especificamente. Desenvolve projetos gráficos de grande lirismo e apuro que estão geralmente contidos em fanzines que o artista produz de maneira artesanal. Desde 2015 mora em Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo, onde cursou Biblioteconomia e Ciências da Informação pela Universidade de São Paulo. Nesta cidade trabalha como educador, inclusive em exposições de arte, e atua ativamente na cena cultural. É membro fundador do coletivo artístico literário “Encontrão Poético em Francisco Morato” e Slammaster do “Slam da Cana” em Ribeirão Preto-SP.