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Exportações do agro paulista sobem 12,8% 

O café foi responsável por 4,5% das exportações, registrando US$526,60 milhões, com participação de 74,0% do café verde e 22,4% do café solúvel (  Valter Campanato/Ag.Br. )

No acumulado de janeiro a maio de 2024, as exportações do agronegócio paulista aumentaram 12,8%, alcançando US$ 11,76 bilhões, enquanto as importações cresceram 7,3%, totalizando US$ 2,34 bilhões. Este cenário resultou em um superávit na balança comercial do agronegócio paulista, atingindo US$ 9,42 bilhões, aumento de 14,2% em relação ao mesmo período de 2023. 
 
O levantamento realizado pelo coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Carlos Nabil Ghobril, e os pesquisadores José Alberto Ângelo e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, aponta que a participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado foi de 42,5%, enquanto a participação das importações setoriais foi de 7,8%. 
 
Porém, ao se analisar os resultados obtidos no mês de maio de 2024 em comparação com maio de 2023, observa-se que os valores das exportações do agronegócio paulista recuaram 10,2%. A queda no mês de maio deve-se principalmente à diminuição das exportações de soja em grão (-58% em valor e -51% em volume) e açúcar (-15% em valor e -12% em volume).  
 
Por outro lado, houve aumentos significativos nos valores das exportações de suco de laranja (25%) e café verde (79%). Essa combinação de variações resultou em um recuo de 13,5% no superávit da balança comercial do agronegócio em maio de 2024 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Ainda assim, no acumulado de janeiro a maio de 2024, o saldo da balança comercial do agronegócio paulista permanece positivo (+14,2%). 
 
Apesar desses desafios, o setor agropecuário paulista conseguiu manter um saldo positivo, e teve ainda importante papel na mitigação do déficit comercial do estado já que ao englobar todos os setores da economia paulista as exportações totalizaram US$ 27,66 bilhões, representando 19,9% do total nacional, enquanto as importações alcançaram US$ 29,97 bilhões, correspondendo a 29,1% do total nacional. Esses números resultaram em um déficit comercial de US$ 2,31 bilhões para o estado. 
 
Comparativamente ao mesmo período de 2023, as exportações de todos os setores da economia paulista registraram um leve aumento de 0,2%, enquanto as importações diminuíram 0,8%. Essa dinâmica resultou em uma redução do déficit comercial em 11,8% no saldo da balança comercial paulista nos cinco primeiros meses do ano de 2024. 
 
Entre janeiro e maio de 2024, o grupo sucroalcooleiro registrou participação de 37,1% totalizando US$ 4,37 bilhões, onde o açúcar representou expressivos 90,4% e o álcool etílico (biocombustível), 9,6%. Os produtos florestais representam 10,8% das exportações, total de US$1,28 bilhão, sendo 52,5% de celulose e 41,1% de papel. 
 
O complexo soja ficou com 10,7% de participação, registrando um total de US$1,257 bilhão, com a soja em grão representando 82,7% de participação e o farelo de soja, 13,5%. As carnes representam 10,7% das vendas externas, alcançando um valor de US$1,256 bilhão, com as carnes bovina e de frango representando respectivamente 83,4% e 14,5% desse total. 
 
O setor de sucos teve 8,3% de participação, alcançando o valor de US$971,10 milhões, tendo o suco de laranja corresponde a 97,6% do grupo. Já o café foi responsável por 4,5% das exportações, registrando US$526,60 milhões, com participação de 74,0% do café verde e 22,4% do café solúvel. 
 
Esses seis grupos representaram conjuntamente 82,1% das vendas externas setoriais paulistas, evidenciando a relevância e diversificação do agronegócio paulista no mercado nacional e internacional. Na comparação com o mesmo período de 2023, observaram-se importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos do agronegócio paulista.  
 
Sobressaem-se aumentos significativos nos grupos complexo sucroalcooleiro (+55,5%), do café (+27,6%), dos sucos (+14,3%), florestais (+12,8%) e de carnes (3,8%); e queda no grupo complexo soja (-43,1%). Essas variações refletem as oscilações tanto de preços como de volumes exportados, indicando a dinâmica do mercado internacional. 
 

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