Estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) sobre comércio exterior, divulgado nesta semana, mostra que a Região Administrativa de Ribeirão Preto, composta por mais 25 cidades, exportou US$ 2.667.097.919 no ano passado, contra US$ 532.194.742 em importações, fechando o período com superávit de US$ 2.134.903.177.
O valor das vendas para o exterior em 2022 é 18,04% superior aos US$ 2.259.299.903 de 2021. São US$ 407.799.016 a mais. Já a compra de produtos e insumos de outros países no ano passado está 22,72% acima dos US$ 433.643.095 do período anterior, US$ 98.551.647 a mais.
Setores
O saldo da balança superior cresceu de US$ 1.825.656.808 em 2021 para US$ 2.134.903.177 no ano passado, alta de 16,94% e US$ 309.246.369 a mais. As áreas que mais exportaram em 2022 foram o setor de açúcar e produtos de confeitaria (US$ 965.818.359), sementes e grãos (US$ 352.950.087) e papel, cartão e obras de pasta de celulose (US$ 194.678.952).
Em 2021, a liderança também foi do setor de açúcar e produtos de confeitaria (US$ 1.012.251.051), seguido por resíduos e desperdício das indústrias alimentares (US$ 167.324.928) e papel, cartão e obras de pasta de celulose (US$ 158.766.548).
Compras
Na importação, no ano passado, as compras foram puxadas pelo setor industrial. A região comprou mais reatores nucleares, caldeiras máquinas e aparelhos (US$ 80.278.390), adubos/ fertilizantes (US$ 48.613.055) e produtos químicos orgânicos (US$ 45.970.674).
Em 2021 a liderança também pertencia ao setor de reatores nucleares, caldeiras máquinas e aparelhos (US$ 69.269.013). Em seguida ficaram produtos químicos orgânicos (US$ 41.894.473) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (US$ 40.381.339).
O mapa do ano passado indica que a Região Administrativa de Ribeirão Preto vendeu para países de todos os continentes: América do Norte, Central e do Sul; Europa; Ásia; África e Oceania. O mesmo cenário foi constatado nas importações dos 26 municípios. As exportações regionais responderam por 3,6% de todos os negócios efetuados no Estado de São Paulo, enquanto as compras responderam por 0,7%.
Ribeirão Preto
A cidade de Ribeirão Preto exportou US$ 393.025.393 no ano passado, contra US$ 301.172.637 de 2021, crescimento de 30,5% e US$ 91.852.756 a mais. As importações do município somaram US$ 291.316.955 em 2022, ante US$ 221.534.419, aumento de 31,5% e US$ 69.782.536 a mais.
O saldo da balança comercial cresceu de US$ 79.638.218 em 2021 para US$ 101.708.438 no ano passado, alta de 27,75% e US$ 22.100.220 a mais. Os produtos mais vendidos pela cidade foram estanho e suas obras (US$ 116.855.112), reatores nucleares, caldeiras máquinas e aparelhos (US$ 32.701.865) e sementes e grãos (US$ 30.240.514).
Ribeirão Preto comprou mais reatores nucleares, caldeiras máquinas e aparelhos (US$ 39.116.708), instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia e cinematografia (US$ 33.937.479) e plásticos (US$ 29.928.095). Foram fechados negócios de compra e venda com países de todos os continentes, segundo o mapa da Fundação Seade.
Estado
No ano passado, as exportações do Estado de São Paulo para 244 países somaram US$ 74.061.023.591. As importações ficaram em US$ 81.326.288.096, gerando déficit de US$ 7.265.264.505. A China liderou as compras (US$ 12.626.919.898), seguida pelos Estados Unidos (US$ 11.634.434.114).
Ambos também venderam mais aos paulistas: US$ 18.297.090.454 e US$ 14.759.219.100, respectivamente. O Estado de São Paulo vendeu mais combustíveis minerais (US$ 10.555.607.702) e açúcares e produtos de confeitaria (US$ 7.474.634.437). Comprou mais reatores nucleares, caldeiras máquinas e aparelhos (US$ 13.118.803.511) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (US$ 10.841.744.498).
A Região Administrativa de Ribeirão Preto é composta também por Altinópolis, Barrinha, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luís Antônio, Monte Alto, Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho e Taquaral.
O estudo foi feito a partir da análise da base de dados do Departamento de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, com o objetivo de traçar um panorama da balança comercial da cidade e da região e seus parceiros comerciais nestes dois períodos.
Brasil
A valorização das commodities (bens primários com cotação internacional) ocorrida no ano passado fez o Brasil fechar 2022 com o melhor resultado da história para a balança comercial. No ano passado, o país exportou US$ 62,31 bilhões a mais do que importou, o maior superávit desde o início da série histórica, em 1989.
O valor representa crescimento de 1,5% em relação ao recorde anterior de US$ 61,407 bilhões registrado em 2021. Os números são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Tanto as exportações como as importações também bateram recorde da série histórica.
No ano passado, o Brasil vendeu US$ 335,01 bilhões para o exterior, alta de 19,3% em relação a 2021 pelo critério da média diária. As compras do exterior somaram US$ 272,697 bilhões, aumento de 24,3%, também pela média diária, segundo a Secex.