Startups, micro, pequenas e médias empresas das regiões de Ribeirão Preto e Franca, de qualquer setor, poderão receber apoio para exportar seus produtos e serviços. Estão abertas as inscrições para as 300 vagas da 3ª turma do Exporta SP, programa gratuito de capacitação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo.
O programa é gerido pela Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (InvestSP). A capacitação é online e conta, além de seções em grupo, com mentorias individuais, para debater as necessidades de cada negócio. Nas edições anteriores, a região foi uma das que mais tiveram empresas selecionadas em todo o estado.
Só de Franca foram pelos menos 17, a maioria dos setores de calçados e vestuário. Além de cinco companhias de Ribeirão e outras de Barretos, Patrocínio Paulista, Sertãozinho e Cravinhos, por exemplo. Elas atuam em setores como: máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas, decoração e metalurgia.
Quem quiser concorrer a uma vaga na próxima turma deve se inscrever, até o dia 11 de fevereiro, pelo site www. investsp.org.br. O Exporta SP já capacitou 355 empresas que não exportavam ou que já vendiam para o exterior e precisavam melhorar seus modelos de negócio.
Com o dólar em alta, cotado há vários meses acima dos R$ 5, as empresas brasileiras ficaram mais competitivas e têm buscado mercados lá fora, para aumentar o faturamento. Porém muitos negócios, principalmente os de menor porte, fracassam pela falta de conhecimento e de suporte.
Os analistas da InvestSP identificaram gargalos que precisam ser eliminados para que essas empresas consigam exportar. “É equivocada a visão de que exportar é algo só para empresa grande”, explica o presidente da InvestSP, Gustavo Junqueira.
“O que acontece é que as pequenas muitas vezes pecam pelo desconhecimento sobre assuntos como câmbio, logística, adaptações do produto ou serviço e posicionamento internacional. O Exporta SP ajuda empresas com esse tipo de dificuldade e, historicamente, 20% começam a exportar já durante o programa”, diz.
Dados do Ministério da Economia apontam que, em 2021, de cada 10 empresas exportadoras do Brasil, quatro ficavam em São Paulo. São pouco mais de 13 mil companhias habilitadas para negociar com o exterior, alta de 6,8% na comparação com 2020.
Além de ter as melhores estradas, o maior porto e o maior aeroporto do país – em Santos e Guarulhos, respectivamente –, o que facilita a logística, o estado ainda é referência em setores como indústria e serviços e lidera várias áreas do agronegócio. No ano passado, as exportações paulistas cresceram 26,7% e chegaram a quase US$ 54 bilhões.
Exportar, porém, não deve estar relacionado ao dólar alto, que é uma situação de momento. Mas precisa ser visto, pelas empresas de menor porte, como algo estratégico capaz de fazer com que o negócio evolua. Outra vantagem para o empreendedor é que itens de exportação podem contar com um regime especial de tributação.
Até para que tenham preços competitivos lá fora. Sem falar nos ganhos para o estado que vão além do aumento da competitividade das empresas locais e passam pela geração de emprego e renda e pela melhora da imagem de São Paulo no exterior.