Tribuna Ribeirão
Geral

Expectativa de vida sobe para 76,6 anos

JF PIMENTA/ARQUIVO

A expectativa de vida dos homens passou de 72,8 anos em 2018 para 73,1 anos em 2019 e a das mulheres foi de 79,9 anos para 80,1 anos. Des­de 1940, a esperança de vida do brasileiro aumentou em 31,1 anos. Uma pessoa nascida no Brasil no ano passado tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos, contra 76,3 anos do período anterior.

No Estado de São Paulo, a expectativa era de 78,9 anos no ano passado. Essas são algumas informações das Tábuas Com­pletas de Mortalidade para o Brasil referente a 2019, divulga­das pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 26 de no­vembro. A expectativa de vida fornecida pelo estudo é um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

Segundo o IBGE, em 1940, uma pessoa ao completar 50 anos, por exemplo, tinha uma expectativa de viver mais 19,1 anos. Já em 2019, a esperança de vida para uma pessoa nessa faixa etária seria de 30,8 anos. Atualmente vive-se, em mé­dia, quase 12 anos mais.

No entanto, a expectativa de vida muda conforme a idade da pessoa e o sexo, sendo que a taxa de mortalidade dos homens é sempre superior à das mulheres. Aos 20 anos, a chamada sobre­mortalidade masculina atinge seu pico. Em 2019, um homem de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher do mesmo grupo de idade.

De acordo com o demógra­fo do IBGE, Fernando Albu­querque, na faixa entre 15 e 34 anos existe maior disparidade entre a taxa de mortalidade da população masculina em re­lação à feminina. “Isso ocorre devido à maior incidência de óbitos por causas externas ou não naturais, como homicídios e acidentes, que atingem com maior intensidade a população masculina jovem”.

“A expectativa de vida mas­culina no país poderia ser supe­rior à que se estima atualmente, se não fosse o efeito das mortes prematuras de jovens por cau­sas não naturais”. Entretanto, de forma geral, em todas as faixas houve declínio da mortalidade ao longo do tempo.

Para o IBGE, o fato de que, em 1940, a população de 65 anos ou mais representava 2,4% do total e, em 2019, o percentual passou para 9,5% é um indica­tivo de que os brasileiros estão vivendo por mais tempo. Se­gundo o instituto, um modo de se perceber esse movimento de maior longevidade é observar a probabilidade de uma pessoa que atingiu os 60 anos chegar aos 80 no país.

Em 1980, de cada mil pes­soas que chegavam aos 60 anos, 344 atingiam os 80 anos de ida­de. Em 2019, este valor passou para 604 indivíduos na média do Brasil. De acordo com estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos (Seade), a esperança de vida ao nascer no Estado de São Paulo, em 2019, correspondia a 76,4 anos e sua evolução revela ex­pressivo avanço na longevidade.

Nas últimas cinco décadas, houve aumento de 17,7 anos e, entre 2000 e 2019, o incremen­to foi de 4,8 anos, confirmando a tendência ascendente da ex­pectativa de vida paulista. As maiores esperanças de vida ao nascer são verificadas nas re­giões de Ribeirão Preto (77,0 anos), Campinas (76,9) e São José do Rio Preto (76,8).

Mortalidade infantil
A mortalidade infantil caiu de 12,4 por mil em 2018 para 11,9 por mil em 2019. De 1940 a 2019, a mortalidade infantil caiu 91,9%, sendo que a taxa de mortalidade entre 1 a 4 anos de idade diminuiu 97,3%. Em 1940, a taxa de mortalidade infantil era de cerca de 146,6 óbitos para cada mil nascidos vivos; já em 2019, a taxa foi de 11,9 por mil.

E a taxa de mortalidade para crianças de até 5 anos caiu de 212,1 por mil para 14 por mil nesse mesmo perío­do, sendo que cerca de 85,6% das crianças que não chegam aos 5 anos morreram no pri­meiro ano de vida e 14,4% entre 1 e 4 anos de idade. A meta dos objetivos do de­senvolvimento sustentável (ODS) para o Brasil é de, até 2030, reduzir a mortalidade neonatal para, no máximo, 5 por mil e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para, no máximo, 8 por mil.

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