O juiz Samuel Bertolino dos Santos condenou à prisão o ex-prefeito de Morro Agudo, Gilberto Barbeti (PDT), acusado de chefiar uma organização criminosa que desviou R$ 1 milhão dos cofres públicos municipais durante a gestão do pedetista, entre 2017 e 2019.
Na decisão, magistrado condenou o ex-prefeito a penas de 13 anos de reclusão, em regime inicial fechado, e mais quatro de detenção no semiaberto, além de pagamento de multa. Em julho de 2019, Barbeti teve o mandato cassado pela Câmara dos Vereadores. A denúncia partiu do Ministério Público de São Paulo.
O esquema de fraudes em licitações envolvia secretários municipais, um vereador, funcionários públicos, empresários e um ex–servidor da prefeitura. O escândalo foi revelado em abril de 2018 pela Operação Eminência Parda, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Franca.
“No que se refere às suas circunstâncias, observo que o acusado, para a prática do crime em questão, valeu-se do auxílio de outros servidores públicos, ocupantes de cargo em comissão, fazendo uso de sua superioridade hierárquica para determinar a prática do delito”, diz trecho da decisão.
A reportagem tentou contato com o ex-prefeito de Morro Agudo, Gilberto Barbeti (PDT), mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. O ex-chefe do Executivo poderá recorrer em da condenação em liberdade, ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP).