Uma das principais contratações do Botafogo para a temporada 2019, o meio-campista, Denilson, chega ao clube para um momento novo em sua carreira, o recomeço.
Acostumado a grandes clubes, o volante que já atuou ao lado de nomes conhecidos no futebol mundial como Thierry Henry, Van Persie e Cesc Fabregas, classifica a oportunidade no pantera como uma chance de voltar a mostrar seu valor.
“Estou encarando essa oportunidade no Botafogo com muita seriedade, me cuidando ao máximo, para que a gente possa começar com o pé direito, com uma vitória contra o São Bento. Independente de onde joguei, aqui é uma nova história,” disse o meio-campista.
Arsenal
Durante cinco temporadas, Denílson foi jogador do Arsenal, um dos maiores clubes do mundo. Contratado junto ao São Paulo quando tinha apenas 18 anos, o jogador revela detalhes de sua adaptação.
“Cheguei aos 18 anos de idade no Arsenal, tudo era novo e tive que me adaptar. A língua, o frio, ao futebol inglês, tudo foi muito difícil. Me sentia pequeno perto dos jogadores que estavam lá, como o Thierry Henry, Van Persie e Gilberto Silva, mas aprendi muito nos cinco anos em que joguei na Inglaterra,” contou Denilson.
Arsène Wenger x Léo Condé
No comando do Botafogo desde a temporada passada, Léo Condé está na história do pantera, já que comandou a equipe que retornou a Série B do brasileiro após 16 anos. Para Denílson, existem semelhanças no trabalho de Condé e do lendário técnico do Arsenal, Arsène Wenger, que comandou a equipe londrina durante 22 anos.
“Acho que a semelhança entre o Wenger e o Condé é um pouco na parte da conversa, o Wenger sempre foi muito aberto e pedia para que se tivéssemos algo para falar, que falasse com ele e não na imprensa. O Condé mostrou uma postura bastante parecida nesse sentido, ele é muito aberto ao diálogo e isso ajuda muito o trabalho,” contou.
Aos 30 anos, Denilson garante que ainda tem lenha para queimar e afirma que se parasse de jogar agora, ainda não estaria totalmente realizado. “Hoje se eu parasse, não estaria realizado. Vou fazer 31 anos e ainda quero conquistar muitas coisas no futebol,” afirmou.
O meio-campista também comparou a metodologia de trabalho na Europa e no Brasil. Segundo ele, na Europa, o fundamento passe é muito exigido pelos treinadores.
“O método de trabalho com os profissionais estrangeiros são bem diferentes do Brasil. Lá você tem uma estrutura diferenciada para trabalhar. No Brasil algumas coisas já estão parecidas com a Europa. Os trabalhos táticos, o aquecimento, e, principalmente, o passe são bem diferenciados. Lá fora é primordial, para eles o jogador tem que passar bem a bola, tem que ter o passe limpo, como eles costumam dizer. Esse tipo de trabalho aqui no Brasil é muito difícil de ver,” contou.
No total, Denilson vestiu as cores do Arsenal em 153 partidas, anotando 11 gols. Além do clube londrino, o jogador também passou por São Paulo, onde foi revelado, Cruzeiro e Al Whada, dos Emirados Árabes.
Sem atuar desde 2016, o meio-campista busca voltar a atuar regularmente no pantera. O último jogo de Denilson foi no dia 16 de novembro de 2016, na vitória do Cruzeiro contra o Sport.
Denilson e o Botafogo estreiam no campeonato paulista no dia 20 de janeiro, contra o São Bento, às 11h, no estádio Santa Cruz.