Mais de 120 pessoas morreram devido às chuvas que têm caído nos últimos dias na Europa e estão fazendo os rios transbordarem e levarem tudo pelo caminho. A tragédia ocorre principalmente na Alemanha, onde 106 óbitos foram confirmados até o momento e 1,3 mil pessoas estão desaparecidas apenas em um distrito ao sul de Colônia, no oeste do país.
As chuvas têm afetado também a Bélgica, onde 20 pessoas morreram e 20 estão desaparecidas, e Holanda, França, Suíça e Luxemburgo, embora em menor intensidade. É o maior número de mortos na Alemanha desde 1962, quando uma enchente no Mar do Norte deixou cerca de 340 mortos. A queda de um trem de alta velocidade em 1998 matou 101 pessoas.
Já são 126 mortos na Alemanha e na Bélgica. É também a maior quantidade de chuva no país em um século. As inundações no rio Elba, que em 2002 foram anunciadas como “inundações que acontecem uma vez por século”, mataram 21 pessoas no leste da Alemanha e mais de 100 em toda a Europa.
O número de vítimas pode aumentar consideravelmente, com relatos de deslizamentos de terra e casas sendo arrastadas pela água ou desabando devido à força da água nesta sexta-feira, 16 de julho. Imagens áreas divulgadas pelas autoridades do distrito de Colônia mostram uma cratera formada por um deslizamento de terra imenso, que arrastou lama e destroços.
São 63 mortros no estado da Renânia do Norte-Vestfália e 43 no da Renânia-Palatinado. As 1,3 mil pessoas desaparecidas são do distrito de Ahrweiler, na Renânia do Norte-Vestfália, a cerca de 40 quilômetros ao sul da cidade de Colônia. Além disso, 114 mil casas estão sem energia na Alemanha, segundo a maior empresa de distribuição do país. Vinte pessoas estão desaparecidas na Bélgica
A ministra do Interior belga, Annelies Verlinden, disse a uma TV local nesta sexta-FEIRA que continua crítico o nível das águas do rio Meuse, que nasce na Bélgica e adentra a Holanda, e vários diques correm o risco de ruir. O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, pediu um firme comprometimento com a luta contra as mudanças climáticas e afirmou que esta é a única alternativa para frear fenômenos meteorológicos extremos, como as chuvas intensas que castigam o país.
“Apenas se nos comprometermos de forma resoluta com a luta contra as mudanças climáticas poderemos controlar condições meteorológicas extremas como as que vivemos atualmente”, afirmou Steinmeier em um pronunciamento, em que disse estar “profundamente arrasado” pela “tragédia”. A chanceler Angela Merkel havia dito na quinta-feira (15) que os extremos climáticos estão se tornando mais frequentes, o que requer ações para conter o aquecimento global. “Pequenos rios se transformaram em torrentes inundadas e devastadoras”.