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Etec vai receber R$ 52,6 milhões

Escola ETEC de Ribeirão Preto - Divulgação

Nesta quinta-feira, 16 de março, o Comitê Gestor da Se­cretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo autorizou a execução das obras do projeto de reforma e ampliação da Escola Técnica Estadual José Martimiano da Silva, a popular “Escola In­dustrial”, na rua Tamandaré nº 520, no bairro Campos Elíseos, Zona Norte de Ribeirão Preto.

O valor estimado é de R$ 52.610.067,20. “Será a maior obra a ser executada pelo Cen­tro Paula Souza (CPS) – gestor das Etecs e das Faculdades de Tecnlogia (Fatecs)”, diz o pre­feito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB). A solicitação ao governo do Estado também inclui uma nova unidade com ênfase nas habilidades profis­sionais e comportamentais liga­das às tecnologias da informa­ção e comunicação (TICs).

A unidade será voltada a temas como programação, design de usuário, marketing digital, gestão de redes sociais, segurança de dados, robótica, entre outras carreiras da área. Esse pleito será apreciado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e pelo Centro Paula Souza. O pedido foi en­tregue também ao secretário de Ciência, Tecnologia e Ino­vação, Vahan Agopyan.

Blocos
A obra na Etec José Marti­miano da Silva prevê a cons­trução de três novos blocos no atual prédio: um pedagógico, contendo área de 6.086,65 me­tros quadrados; um de labo­ratórios, com área de 1.480,05 m²; e o terceiro bloco, espor­tivo, com espaço de 1.090,01 metros quadrados. O inves­timento, segundo Nogueira, será de R$ 52.610.067,20.

“É necessária e importan­te a ampliação para o ensino técnico na cidade de Ribeirão Preto, contribuindo para que nossa população possa ter acesso ampliado e facilitado à educação profissional”, diz o prefeito. Inaugurada como Escola Profissional de Artes e Ofícios, a Etec é reconhecida em toda a região como Escola Industrial desde sua criação, em 1927.

Mantém seus cursos tradi­cionais, atendendo o setor pro­dutivo e de serviços. Sua mis­são está consolidada em ações de trabalho conjunto, do po­tencial formador e em forma­ção, na construção do processo de aprendizagem, refletindo-a em benefício da comunidade na prestação de serviços, viabi­lizando a prática e o exercício da profissão do técnico.

História
A construção começou em 1922, parte das comemora­ções do primeiro centenário da Independência do Brasil. O terreno foi doado pela prefei­tura, que na época tinha como representante João Rodrigues Guião. A escritura de doação do terreno foi passada no 1º Tabelião em Ribeirão Preto, no dia 24 de março de 1926, e me­dia 80 metros de frente por 150 metros de fundo.

Os primeiros cursos da ins­tituição foram de mecânica, marcenaria, fundição, eletrici­dade, desenho e costura. Com a Revolução Constitucionalis­ta de 1932, a escola cooperou com a fabricação de artigos como quépis, blusas, calças, ataduras e alimentação para voluntários, além de material bélico com fundição e preparo de granada.

A marcenaria confecciona­va cabos de madeira para fuzil e outros equipamentos béli­cos. Em 1946, em homenagem ao seu idealizador, a Escola Industrial de Ribeirão Preto passou a ser chamada de José Martimiano da Silva. Segundo o site oficial, atualmente possui um corpo docente com cerca de 150 professores e três mil alunos distribuídos em diver­sos cursos profissionalizantes, todos com registros em seus respectivos conselhos.

Paula Souza
Em 1994, a escola, então pertencente à Secretaria Es­tadual da Educação, passou a ser mantida pelo Centro Es­tadual de Educação Tecnoló­gica Paula Souza. Criado pelo governador Roberto Costa de Abreu Sodré, o CPS iniciou suas atividades em 1970. Na época, a instituição dedicava­-se exclusivamente ao ensino superior quando, no início da década de 1980 ampliou sua atuação, incorporando doze unidades de ensino técnico de nível médio, as chamadas Es­colas Técnicas Estaduais.

Em 1994 foram incluídas outras 82 unidades, entre elas a José Martimiano da Silva. Os telefones da Etec José Marti­miano da Silva são (16) 99420- 9669 e (16) 99198-6703. A escola oferece cursos técnicos em diversas áreas e a oportu­nidade de o estudante estudar cozinha, nutrição e dietética, mecatrônica e secretariado nos períodos da manhã e tarde.

Na extensão, na Escola Estadual Amélia dos Santos Musa, na rua Espírito Santo nº 887, no Ipiranga, Zona Norte, as vagas são para administra­ção, desenvolvimento de sis­temas e serviços jurídicos. Na EE Winston Churchill, na rua Antônio Malaquias Pedroso nº 1.430, no Centro de Sertão­zinho, o candidato pode optar por administração, marketing e recursos humanos.

Saresp
No Sistema de Avalia­ção do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Sa­resp), cuja prova foi aplicada em novembro do ano passa­do, os estudantes do terceiro ano do ensino médio da Etec José Martimiano da Silva ob­tiveram média de 321,5 em língua portuguesa, 327,5 em matemática e 344,4 em ciên­cias da natureza.

As notas superam a média estadual das escolas da rede particular, que é de 306,9; 317,4 e 321, respectivamente. A média estadual das Etecs no Saresp foi de 312,9 em lín­gua portuguesa e de 316,6 em matemática, índices que estão acima da pontuação alcançada na avaliação de 2021 – 309,8 e 315,5, respectivamente.

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