Tribuna Ribeirão
Economia

Etanol volta a subir nas usinas

ALFREDO RISK

Depois de uma tímida que­da de 0,15% no dia 6, o preço do etanol hidratado voltou a subir nas unidades produtoras do estado e se manteve acima de R$ 2 nas usinas paulistas. Os dados foram divulgados na última sexta-feira, 13 de no­vembro, pelo Centro de Estu­dos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

O litro do produto saltou de R$ 2,0540 para R$ 2,0620 em uma semana, alta de 0,39%. Acumula aumento de 16,06 em dois meses, segundo os dados semanais do Cepea. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – também subiu, depois de recuar 1,01% no dia 6, e segue acima de R$ 2,40. Na última sexta-feira, passou de R$ 2,4018 para R$ 2,4403, au­mento de 1,6%. Em cerca de 50 dias, acumula elevação aumen­to de 16,44%.

Gasolina
No dia 12, a Petrobras ele­vou o preço da gasolina em 6% e o do diesel (500 e S-10) em 5% nas suas refinarias. O aumento segue a valorização do preço do petróleo Brent no mercado in­ternacional. Impulsionado por avanços nas pesquisas das va­cinas contra a covid-19, o valor do petróleo Brent vem subindo fortemente nos últimos dias, voltando a patamar próximo de US$ 45 o barril.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) o au­mento do diesel foi de R$ 0,0855 por litro e o da gasolina de R$ 0,0947 por litro. No ano, o preço do diesel acumula redução de é de 22,3%. Já a gasolina tem re­cuo acumulado de 12,7%.

O combustível teve 37 re­ajustes em 2020, até agora, sendo 17 aumentos e 20 re­duções. Para o diesel, foram 29 reajustes no total, dos quais 14 foram aumentos e 15 dimi­nuições de preços. Os valores finais aos motoristas depen­dem das distribuidoras e de cada posto, que acrescem im­postos, taxas, custos com mão de obra e margem de lucro.

Segundo o mais recen­te levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 8 e 14 de novembro, o litro da gasoli­na vendida em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 4,312, au­mento de 3,3% em relação aos R$ 4,173 da semana anterior (entre os dias 1º e 7).

A gasolina aditivada sai por R$ 4,555, alta de 4,1% na com­paração com os R$ 4,376 do período anterior. O litro do eta­nol custa, em média, R$ 2,947, elevação de 2,8% sobre os R$ 2,866 da primeira semana de novembro. O do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 3,316, queda de 5,2% em rela­ção aos R$ 3,499 da semana an­terior. O litro do S10 custa R$ 3,638, alta de 2,3% na compa­ração com os R$ 3,554 do dia 7.

Nos postos de Ribeirão Preto, o litro da gasolina cus­ta entre R$ 4 (R$ 3,999) e R$ 4,60 (R$ 4,599). A nova, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,60 (R$ 5,599). O etanol é vendido por R$ 2,40 (R$ 2,399) a R$ 2,90 (R$ 2,899), mas alguns reven­dedores já elevaram o preço para R$ 3 (R$ 2,999), acrésci­mo de R$ 0,65 em relação aos R$ 2,35 (ou R$ 2,349) da pan­demia, alta de 27,6%.

Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,947 para o litro do etanol e de R$ 4,312 para o da gasolina, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açú­car, já que a paridade está em 68,3% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o deriva­do da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.

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