Tribuna Ribeirão
Economia

Etanol ultrapassa R$ 1,65 nas usinas

Reajuste entra em vigor a partir desta terça-feira (Alfredo Risk)

O preço do etanol subiu pela terceira semana seguida nas unidades produtoras do esta­do. Segundo dados divulgados na sexta-feira, 24 de julho, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultu­ra Luiz de Queiroz da Universi­dade de São Paulo (Esalq/USP), o hidratado nas usinas paulistas já está acima da casa de R$ 1,65.

O litro do produto, que qua­se chegou a R$ 2,15 no final de fevereiro e passou a maior parte de março, abril e maio na casa de R$ 1,30, agora passou de R$ 1,6206 para R$ 1,6620, alta de 2,55%. O álcool combustível acumula alta de 3,88% em três semanas, recuperando a queda de 5,25% dos 15 dias anteriores – depois de correção acumulada de 25,84% entre o início de maio e meados de junho.

O preço do anidro – adi­cionado à gasolina em até 27% – subiu 1,40% e passou de R$ 1,87. Em três semanas, acumula alta de 2,72%, depois de queda de 2,69% em 15 dias – a corre­ção acumulada era de 21,42% nas oito semanas anteriores a 26 de junho. Na sexta-feira, saltou de R$ 1,8502 para R$ 1,8761. No dia 8, a Petrobras aplicou reajuste médio de 5% no pre­ço do litro da gasolina vendida nas refinarias. O preço do diesel não sofreu reajuste.

Segundo a companhia, a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos no posto de combus­tíveis. São os combustíveis tipo A: gasolina antes da sua combi­nação com o etanol e diesel sem adição de biodiesel. “Os pro­dutos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis.”

No acumulado do ano, a re­dução do preço do diesel é de 30,2%. No caso da gasolina, em 2020 o produto ainda acumula queda de 15,2% no preço. Pelos dados da Petrobras, em 2020, a gasolina teve 20 reajustes sen­do oito aumentos e doze redu­ções de preços, enquanto para o diesel foram 14, entre eles, três elevações e onze quedas de preços. De acordo com a Petrobras, o produto abastece, atualmente, cerca de 60% dos veículos de passeio no Brasil.

Pelos dados da Petrobras, em 2020, a gasolina teve 19 reajustes sendo sete aumentos e doze re­duções de preços, enquanto para o diesel foram 14, entre eles, três elevações e onze quedas de pre­ços. De acordo com o levanta­mento semanal da Agência Na­cional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), rea­lizado em 108 cidades paulistas entre 19 e 25 de julho, todos os combustíveis estão mais caros em Ribeirão Preto.

O litro da gasolina custava R$ 3,913 na semana anterior (até dia 17) e agora saltou para R$ 3,960, alta de 1,2%. O etanol é vendido por R$ 2,444, contra R$ 2,438 do período antecedente, aumento de 0,24%. O óleo diesel sai por R$ 3,297, e antes custava R$ 3,271, correção de 0,8%. O diesel S10, que antes custava R$ 3,329, agora sai por R$ 3,398, re­ajuste de 2,07%.

Considerando os atuais va­lores médios da agência, de R$ 2,444 para o litro do etanol e de R$ 3,960 para o da gasolina, ainda é mais vantajoso abaste­cer com o derivado de cana-de­-açúcar, já que a paridade está em 61,7% – deixa de ser van­tagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.

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