O preço do etanol voltou a subir nas unidades produtoras do estado de São Paulo na semana passada, entre 5 e 11 de outubro, a quarta alta seguida depois de uma leve queda de 0,53% em meados de setembro, segundo dados divulgados pelo Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP).
O último levantamento mostra que o litro do hidratado aumentou 1,8%, de R$ 1,7686 para R$ 1,8004. Nas semanas anteriores, as altas haviam sido de 1,23% no dia 4, de 1,46% em 27 de setembro e de 1,64% no dia 20. O produto acumula elevação de 6,13% em um mês. O levantamento semanal aponta que a tendência é a mesma em relação ao preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% –, com elevação de 1,27% na última sexta-feira (11), de R$ 1,9405 para R$ 1,9652, depois de três aumentos: 1,17%, 2,43% e 1,52%, respectivamente. Em um mês, a correção chega a 6,39%.
No final de setembro, o preço do hidratado subiu entre 12% e 14,7% nos postos de combustível de Ribeirão Preto. A gasolina também está entre 4,7% e 8,7% mais cara. O reajuste é reflexo das altas nas unidades produtoras – os preços dos produtos subiram nas usinas paulistas e nas refinarias da Petrobras e, segundo os representantes dos revendedores, as distribuidoras, que trabalham com estoque limitado, repassaram o ônus aos comerciantes, com impacto para o consumidor.
A gasolina acumula alta de 6% nas refinarias da Petrobras em cerca de dez dias. Os novos valores estão sendo praticados desde 27 de setembro, quando sofreu reajuste de 2,5%. Até então, a última alteração de preços, de 3,5%, no dia 19, como uma reação ao atentado a refinarias na Arábia Saudita, que baixou pela metade a produção do maior exportador da commodity do mundo e fez com que o petróleo subisse rapidamente no mercado internacional.
Com o fim da safra de cana-de-açúcar e os problemas no mercado internacional do petróleo, o viés é de novos reajustes.
Na maioria dos mais de 150 postos bandeirados da cidade, o preço do litro do etanol saltou de R$ 2,50 (R$ 2,499) em média para R$ 2,80 (R$ 2,799), alta de 12% e acréscimo de R$ 0,30 – há estabelecimentos que vendem o álcool por R$ 2,71 (R$ 2,709). Nos sem-bandeira, passou de R$ 2,38 (R$ 2,379) em média para R$ 2,73 (R$ 2,729), alta de 14,7% e aporte de R$ 0,35, mas é possível encontrar o hidratado por R$ 2,70 (R$ 2,699). O consumidor deve pesquisar porque há locais que oferecem desconto para quem pagar em dinheiro.
Segundo o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 6 e 12 de outubro, em 108 cidades paulistas, o preço médio do derivado de cana-de-açúcar em Ribeirão Preto é de R$ 2,754, alta de 2,26% em relação ao valor cobrado até dia , de R%$ 2,693, acréscimo de R$ 0,061.
Nos postos bandeirados de Ribeirão Preto, o litro da gasolina saltou de R$ 4,20 R$ 4,198) em média para R$ 4,40 (R$ 4,399), alta de 4,7% e acréscimo de R$ 0,20, mas é possível encontrar o produto por R$ 4,31 (R$ 4,309). Nos sem-bandeira, o derivado de petróleo passou de R$ 4,00 (R$ 3,999) em média para R$ 4,35 (R$ 4,349), aumento de 8,7% e aporte de R$ 0,35. Alguns revendedores cobra menos, cerca de R$ 4,18 (R$ 4,179). O consumidor deve pesquisar porque também há desconto no derivado de petróleo para pagamento em dinheiro.
Segundo o mais recente levantamento da ANP, o preço médio do litro da gasolina em Ribeirão Preto é de R$ 4,324, correção de 0,3% e aporte de R$ 0,013 em relação aos R$ 4,311 do período anterior. O litro do diesel custa R$ 3,516, o único produto que apresentou queda na semana, de 5,17% em comparação com os R$ 3,708 praticados até dia 5. Nas bombas, varia entre R$ 3,39 (R$ 3,389) e R$ 3,50 (R$ 3,499) nos independentes e entre R$ 3,70 (R$ 3,699), R$ 3,77 (R$ 3,769) e R$ 3,80 (R$ 3,799) nos franqueados. O consumidor deve pesquisar.
Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,754 para o álcool e R$ 4,324 para a gasolina, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 63,7% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%. Com base nas médias dos postos bandeirados e sem-bandeira da cidade, a paridade está entre 63,6% e 62,7%, respectivamente.