O preço do etanol disparou nas unidades produtoras do estado. Segundo dados divulgados na sexta-feira, 29 de maio, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o hidratado nas usinas paulistas já está acima de R$ 1,50 novamente.
O litro do produto, que chegou perto de R$ 2,15 no final de fevereiro e passou a maior parte de março, abril e maio na casa de R$ 1,30. Agora, saltou de R$ 1,4348 para R$ 1,5303, aumento de 6,66% – fechou o mês passado com alta acumulada de 16,6%. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – também subiu 5,26%, superou R$ 1,65 e acumula elevação de 9,02% nas últimas quatro semanas. Na sexta-feira, saltou de R$ 1,5808 para R$ 1,6639.
Os derivados de petróleo também fecharam maio com viés de alta. Na última quarta-feira (27), a Petrobras reajustou o preço da gasolina em 5%, o quarto somente no mês passado. No dia 21, a estatal elevou o valor do litro do derivado de petróleo em 12%. Uma semana antes, no dia 14, a gasolina subiu 10% nas refinarias da Petrobras.
O litro da gasolina já havia sido reajustado em 12% no dia 7. O derivado de petróleo já acumula alta de 39% em 20 dias. No dia 27, o diesel também subiu em 7%. No dia 19, a Petrobras elevou também o preço do produto em 8%, o primeiro aumento após o início da pandemia. Agora, represa 15% de elevação. Antes das correções, o diesel acumulava no ano queda de 44,1%, contra redução de 41,3% da gasolina.
A Petrobras diz que acompanha o preço do petróleo no mercado internacional. Já os produtores de etanol acompanham os reajustes da gasolina para evitar uma explosão da demanda por etanol, que poderia causar desabastecimento. Já as entidades que representam os donos de postos de combustíveis alegam que precisam recompor os lucros – ou reduzir o prejuízo causado pela pandemia do novo coronavírus.
Depois das altas consecutivas nas unidades produtoras nos últimos dias, os preços dos combustíveis dispararam nas bombas dos mais de 150 postos de Ribeirão Preto. O litro do etanol nos postos bandeirados subiu R$ 0,60 na semana passada. Saltou de R$ 2 (R$ 1,999) para R$ 2,60 (R$ 2,599), alta de 30%. Além disso, há locais onde o combustível está sendo vendido por R$ 2,68 (R$ 2,679), acréscimo de quase R$ 0,70 (R$ 0,68) e correção de 34%.
Nos sem-bandeira, o preço do produto disparou. O litro do etanol passou de R$ R$ 1,87 (R$ 1,869) para R$ 2,55 (R$ 2,549), aumento de 36,3% e aporte de R$ 0,68. Há locais que praticam valores mais baixos, por isso o consumidor deve pesquisar. Já o preço da gasolina nos franqueados subiu de R$ 3,50 (R$ 3,499) para R$ R$ 3,79 (R$ 3,789), reajuste de 8,3% e acréscimo de R$ 0,29. Nos independentes, saltou de R$ 3,20 (R$ 3,199) para R$ 3,75 (R$ 3,749), correção de 17,2% e aporte de R$ 0,55.
O litro do diesel nos sem-bandeira subiu R$ 0,30, de R$ 2,70 (R$ 2,699) para R$ 3 (R$ 2,999), alta de 11,1%. Nos bandeirados, o derivado de petróleo custava R$ 3,30 (R$ 2,299) e agora é vendido a R$ 3,80 (R$ 3,799), reajuste de 15,1% e acréscimo de R$ 0,50.
De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cidades paulistas entre 24 e 30 de maio, o litro da gasolina em Ribeirão Preto custa R$ 3,635, aumento de 2,18% em relação aos R$ 3,523 da semana anterior, acréscimo de R$ 0,112. O diesel passou de R$ 2,913 para R$ 3,083, correção de 5,8% e aporte de R$ 0,17 – o diesel S10 sai por R$ 3,133.
A ANP também constatou reajuste de 6,9% no preço do etanol, de R$ 2,061 para R$ 2,203, acréscimo de R$ 0,142. Considerando os atuais valores médios da agência, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade está em 60,6% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.