Tribuna Ribeirão
Economia

Etanol sobe 7,09% nas usinas de SP

Os preços dos combustíveis subiram nas unidades produto­ras durante esta semana, tanto o da gasolina, quanto o do etanol, e as distribuidoras já estão repas­sando o aumento para os mais de 150 postos de Ribeirão Preto. A alta deve chegar às bombas nos próximos dias, e o reajuste pode oscilar entre 5% e 10%.

Nesta sexta-feira, 15 de feve­reiro, o Núcleo de Postos da As­sociação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), que reúne 50% dos revendedores da cidade – 85 estabelecimentos –, emitiu comunicado informando que as distribuidoras já avisaram que virá um novo aumento no preço do etanol, que deve afetar a gasolina também.

“Alguns postos receberam o etanol nesta semana com au­mento entre 5% e 6%, mas o reajuste vai depender de cada re­vendedor. No ano passado, nesta mesma época, o litro custava R$ 2,96, em média. Hoje está bem abaixo”, diz Walter Basso, res­ponsável pelo núcleo da Acirp e proprietário de posto. De acor­do com o empresário, no último mês o produto acumula alta de 10% nas unidades produtoras.

“Recebi o etanol nesta sema­na com aumento de R$ 0,10 por litro. Ainda não repassei para o consumidor porque tenho esto­que. Mas o quadro deve come­çar a mudar na próxima sema­na”, explica. Basso diz ainda que, além do período da entressafra da cana-de-açúcar, o preço do açúcar no exterior melhorou em fevereiro e as usinas estão pro­duzindo menos álcool.

Na segunda quinzena de janeiro, o volume de etanol hidratado comercializado no mercado interno pelas unida­des produtoras do Centro-Sul somou 960,79 milhões de li­tros, segundo a União da In­dústria da Cana-de-Açúcar (Única). Trata-se de um cresci­mento de 32,34% em relação à quantidade observada no mes­mo período do ano anterior (725,99 milhões de litros).

Com a entressafra, o preço do etanol disparou nas usinas paulistas, segundo estudo do Centro de Pesquisas Econô­micas (Cepea) da Escola Su­perior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP) –, realizado entre o dia 8 e 15 de fevereiro.

O litro do hidratado, que já havia subido 3,74% na sema­na anterior, agora está 7,09% mais caro nas unidades pro­dutoras do estado. Passou de R$ 1,5800 para R$ 1,6921. Já o do álcool anidro – adicionado à gasolina em 25% – saltou de R$ 1,6976 para R$ 1,7586, au­mento de 3,59%.

O site da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bio­combustíveis (ANP) estava com problemas na noite de ontem e não foi possível acessar os pre­ços desta semana, mas, segundo estudo realizado os dias 3 e 9 de fevereiro, em 108 cidades pau­listas, o etanol ribeirão-pretano custa, em média, R$ 2,537.

Nos postos bandeirados da cidade, até o final da tarde des­ta sexta-feira, o litro do álcool custava, em média, R$ 2,50 (R$ 2,497) – há locais que cobram mais caro, em torno de R$ 2,80 (R$ 2,799). Nos sem-bandeira, a média era de R$ 2,36 (R$ 2,359).

Nesta sexta-feira (15), come­çou a valer o novo preço médio do litro da gasolina sem tribu­to e sem mistura nas refinarias da Petrobras, com aumento de 2,29% – custa R$ 1,5581. Além disso, a estatal anunciou alta de 2,5% no preço do diesel, para R$ 2,0505 – o último estudo da ANP, do dia 9, aponta que o pro­duto vendido em Ribeirão Preto custa cerca de R$ 3,221.

A média do óleo diesel nos franqueados da cidade é de R$ 3,50 (ou R$ 3,499), mas há esta­belecimentos cobrando R$ 3,40 (cerca de R$ 3,398). Nos inde­pendentes, a média é de R$ 3,16 (R$ 3,159), mas há locais onde custa R$ R$ 3,10 (R$ 3,099). O consumidor deve pesquisar por­que tanto alguns bandeirados quanto sem-bandeira praticam valores diferentes, para cima e para baixo.

Segundo a ANP, o preço médio da gasolina em Ribeirão Preto é de R$ 3,966. Nos postos bandeirados da cidade, o litro custa, em média, entre R$ 4 (R$ 3,998) e R$ 4,30 (R$ 4,299), mas há estabelecimentos que cobram R$ 4,40 (R$ 4,399). Nos sem -bandeira, até ontem o derivado de petróleo era vendido por R$ 3,76 (R$ 3,759). Há estabeleci­mentos que cobravam R$ 3,90 (ou R$ 3,899).

Considerando os valores médios de R$ 2,50 para o etanol e R$ 4 para gasolina nos bandei­rados e de R$ 2,36 e R$ 3,76 nos sem-bandeira, respectivamente, ainda é mais vantajoso abastecer com álcool, já que a paridade está entre 62,5% e 62,7% – deixa de ser vantagem encher o tan­que com o derivado da cana-de -açúcar a relação chega a 70%. Se a base for os preços da ANP, de R$ 2,537 para o etanol e R$ 3,966 para a gasolina, a paridade está em 63,9%.

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