Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado entre 9 e 15 de maio, todos os combustíveis ficaram mais caros esta semana em Ribeirão Preto. O valor médio cobrado pelo litro do etanol hidratado foi para R$ 4,115, aumento de 10,1% em relação aos R$ 3,736 praticados até dia 8.
Em 20 de março, o preço do álcool hidratado havia registrado recorde na cidade, com média de R$ 4,036 – maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município. O litro da gasolina agora custa, em média, R$ 5,360, alta de 0,4% em relação aos R$ 5,338 cobrados anteriormente.
A competitividade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo voltou a ficar perto do limite. Nesta sexta-feira era de 76,8%, contra 70% da semana passada. Estava em 66,8% no dia 24 de abril, mas chegou a 74,5% em 13 de março.
A paridade oscilava entre 66% e mais de 70% desde dezembro. Considerando os valores médios da agência, pode não ser mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina está no limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.
Em Ribeirão Preto, a gasolina aditivada sai por R$ 5,582, elevação de 2,5% em relação aos R$ 5,446 do período anterior, de acordo com a agência reguladora. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 4,508, aumento de 0,6% ante os R$ 4,483 do dia 8. O diesel S10 custa R$ 4,540, valor 0,2% acima dos R$ 4,529 cobrados anteriormente.
O preço do etanol não para de subir nas bombas de Ribeirão Preto, em plena safra da cana-de-açúcar. Nos postos bandeirados, a alta desta semana chega a 2,3%, acréscimo de R$ 0,10. Em alguns sem-bandeira houve majoração de 5,4% nesta quarta-feira, 12 de maio, com aporte de R$ 0,20. Em menos de dez dias, o litro do álcool vendido na cidade ficou entre R$ 0,30 e R$ 0,40 mais caro.
Segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), por causa da falta de chuvas, a produção da matéria-prima caiu 30% e algumas usinas adiaram o início da moagem. Na segunda quinzena de abril a queda chega a 22,5%. Alinhada à diminuição na moagem e na qualidade da matéria prima, a produção de etanol apenas 2,07 bilhões de litros (-20,13%).
Do volume total produzido, o hidratado representou 1,57 bilhão de litros (-20,54%) enquanto a produção de etanol anidro alcançou 448 mil litros (-27,26%). Além disso, segundo o Núcleo Postos da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), a demanda por etanol cresceu 20% devido aos constantes reajustes da gasolina praticados pela Petrobras.
Com a procura em alta e a oferta em baixa, as usinas elevaram os preços para que não haja desabastecimento. O Núcleo Postos reúne 85 postos de combustíveis da cidade, o equivalente a 50% do mercado local. Além disso, parte da cana produzida vai para a produção de açúcar, uma das principais commodities brasileiras para exportação.
Em Ribeirão Preto, na maioria dos postos bandeirados, o etanol custa entre R$ 4,15 (R$ 4,149) e R$ 4,40 (R$ 4,399). Nos sem-bandeira o álcool é vendido entre R$ 3,90 (R$ 3,899) e R$ 4,10 (R$ 4,099). O consumidor deve pesquisar porque há variação para mais e para menos. Já o litro da gasolina custa entre R$ 5,40 (R$ 5,399) e R$ 5,80 (R$ 5,799) nos bandeirados.
Nos sem-bandeira, custa entre R$ 4,90 (R$ 4,899) e R$ 5,30 (R$ 5,299), mas o consumidor deve pesquisar porque há revendedores franqueados e independentes que cobram mais e outros, menos. Com base nos valores de R$ 4,40 para o derivado da cana e de R$ 5,80 para o do petróleo, a paridade está em 75,8% e já não é vantajoso abastecer com álcool.