Depois de seis semanas consecutivas de aumento, o preço do etanol combustível registrou uma leve e quase imperceptível queda nas unidades produtoras do estado. Mesmo assim, o hidratado nas usinas paulistas continua acima de R$ 2.
Os dados foram divulgados na última sexta-feira, 6 de novembro, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/ USP). O litro do produto baixou para R$ 2,0540 em uma semana, queda de 0,15%.
O preço quase chegou a R$ 2,15 no final de fevereiro e passou a maior parte de março, abril e maio na casa de R$ 1,30. Depois saltou para R$ 2,0570 em 30 de outubro. Ainda acumula aumento de 15,67% em cerca de 50 dias, segundo os dados semanais do Cepea.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – também caiu, após sete semanas seguidas de alta, mas segue acima de R$ 2,40. Na última sexta-feira, passou de R$ 2,4264 para R$ 2,4018, recuo de 1,01%. Em cerca de 50 dias, acumula aumento de 14,84%.
Gasolina
No último dia 31, a Petrobras reduziu o preço da gasolina. O litro ficou 5% mais barato – já havia baixado 5% em 27 de outubro. Desta vez, porém, não houve alteração no valor do óleo diesel, que havia ficado 4% mais barato na primeira correção.
No acumulado do ano, a redução do preço do diesel é de 27,3%. Já para a gasolina, com a nova queda de 5%, no acumulado do ano o recuo chega a 18,7 %. O combustível teve 36 reajustes em 2020, até agora, sendo 16 aumentos e 20 reduções. Para o diesel, foram 28 reajustes no total, dos quais 13 foram aumentos e 15 diminuições de preços.
Os valores finais aos motoristas dependem de cada posto, que acrescem impostos, taxas, custos com mão de obra e margem de lucro. Segundo o mais recente levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 1º e 7 de novembro, o litro da gasolina vendida em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 4,173, queda de 0,5% em relação aos R$ 4,192 da semana anterior (de 25 a 31 de outubro.
A gasolina aditivada sai por R$ 4,376, alta de 2,5% em comparação com os R$ 4,270 do período anterior. O litro do etanol custa, em média, R$ 2,866, aumento de 0,9% na comparação com os R$ 2,842 da última semana de outubro.
O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 3,499, alta de 4,9% em relação ao valor de R$ 3,336 da semana anterior. O litro do S10 custa R$ 3,554, aumento de 2,5% na comparação com o preço do final de outubro, de R$ 3,465.
Nos postos de Ribeirão Preto, o litro da gasolina custa entre R$ 4 (R$ 3,999) e R$ 4,60 (R$ 4,599). A nova gasolina, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,60 (R$ 5,599). O etanol é vendido por R$ 2,40 (R$ 2,399) a R$ 2,90 (R$ 2,899), mas alguns revendedores já elevaram o preço para R$ 3 (R$ 2,999), acréscimo de R$ 0,65 em relação aos R$ 2,35 (ou R$ 2,349) da pandemia, alta de 27,6%.
Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,866 para o litro do etanol e de R$ 4,173 para o da gasolina, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade está em 68,7% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.