Os preços dos combustíveis dispararam nas bombas de Ribeirão Preto. A média para a gasolina chega a R$ 6,10 e para o etanol está em R$ 4,80 nos postos bandeirados. Os donos de postos alegam que recebem os produtos já com os reajustes praticados pelas distribuidoras.
Culpam a quebra de 6,62% da safra de cana 2020/2021 pelo aumento do álcool. Dizem ainda que as usinas dão prioridade à produção de açúcar para exportação, ainda mais com o dólar em alta. O aumento do óleo diesel teria pesado para a correção da gasolina.
Na maioria dos postos bandeirados da cidade, o litro da gasolina custa entre R$ 5,90 (R$ 5,899) e R$ 6,20 (R$ 6,197). O preço médio é de R$ 6,10 (R$ 6,097). Nos sem-bandeira, custa entre R$ 5,50 (R$ 5,499) e R$ 5,90 (R$ 5,899), e o valor médio é de R$ 5,76 (R$ 5,759), mas o consumidor deve pesquisar porque há revendedores franqueados e independentes que cobram mais e outros, menos.
O etanol custa entre R$ 4,70 (R$ 4,699) e R$ 4,90 (R$ 4,899) nos postos bandeirados, com média de R$ 4,80 (R$ 4,797), e deve chegar a R$ 5 na entressafra da cana-de-açúcar, que começa agora no último trimestre. Nos sem-bandeira, o álcool é vendido entre R$ 4,20 (R$ 4,199) e R$ 4,60 (R$ 4,599), com média de R$ 4,40 (R$ 4,399). O consumidor deve pesquisar porque há variação para mais e para menos.
Com base nos valores de R$ 4,80 para o derivado da cana e de R$ 6,10 para o do petróleo, a paridade está em 78,7% e não é vantajoso abastecer com álcool. Para justificar o reajuste da gasolina, apontam a alta do diesel nesta quarta-feira como vilã, pois encarece o custo do transporte. A última vez que a Petrobras reajustou o preço da gasolina foi em 13 de agosto, quando o litro subiu 3,3% nas refinarias.
O preço do óleo diesel subiu R$ 0,25 ontem nas refinarias da Petrobras. O litro passou de R$ 2,81 para R$ 3,06, alta de 8,9%. Foi a primeira revisão em 85 dias – não sofria reajuste desde 6 de julho, quando aumentou 3,7%. O valor de R$ 6,10 para a gasolina é o maior da história –chegou a R$ 6 (ou R$ 5,999) durante a greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, quando o etanol atingiu R$ 5 (ou R$ 4,999), mas a situação não era de mercado, e sim atípica.
Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado entre 19 e 25 de setembro, o preço do etanol hidratado voltou a subir nas bombas de Ribeirão Preto na semana passada, bateu novo recorde histórico e continua acima de R$ 4,50.
O litro da gasolina já passa de R$ 5,85. O preço médio cobrado pelo litro do etanol hidratado saltou para R$ 4,501, o maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município, alta de 0,9% em relação aos R$ 4,463 cobrados no dia 18, o mais alto até então.
O preço do litro da gasolina também subiu. Agora custa, em média, R$ 5,865, alta de 0,6% em relação aos R$ 5,829 cobrados anteriormente. A paridade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo continua acima do limite. Agora está em 76,7%, ante 76,6% do dia 18. Era de 76,2% do dia 11 e de 75,6% No dia 4. Chegou a 77,1% em 26 de junho.
A competitividade oscila entre 66% e mais de 77% desde dezembro. Considerando os valores médios da agência, pode não ser mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina está no limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.
Usinas
O preço do etanol subiu nas usinas paulistas pela nona semana seguida e o hidratado está com um pé na casa dos R$ 3,30. Os dados foram divulgados na sexta-feira (24), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). O litro do etanol hidratado subiu de R$ 3,2635 para R$ 3,2999, alta de 1,12%. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – subiu 0,51% e segue acima de R$ 3,80. Passou de R$ 3,8026 para R$ 3,8220.