Os preços dos combustíveis dispararam de novo nas bombas de Ribeirão Preto nesta terça-feira, 9 de novembro, e, neste ritmo, o país vai parar logo, logo. Já tem posto bandeirado cobrando R$ 6,70 (R$ 6,697) pelo litro da gasolina, alta de 1,5% em relação aos R$ 6,60 (R$ 6,597) da semana passada. São R$ 0,10 a mais.
O etanol já custa R$ 5,50 (R$ 5,597), aumento de 5,8% na comparação com os R$ 5,20 (R$ 5,197) cobrados anteriormente, acréscimo de R$ 0,30. Em cerca de dez dias, a gasolina acumula reajuste de 5,3 e o álcool combustível, de 11,9% na cidade.
O diesel é negociado por R$ 5,70 (R$ 5,697), aporte de R$ 0,10 e alta de 1,8% em relação aos R$ 5,60 (R$ 5,597) da semana passada. Nos sem-bandeira, a média para a gasolina saltou de R$ 6,20 (R$ 6,199) para R$ 6,40 (R$ 6,399), aumento de 3,2% e acréscimo de R$ 0,20. O litro do etanol chega a 5,10 (R$ 5,099), alta de 4,1% e R$ 0,20 a mais do que os R$ 4,90 (R$ 4,897) anteriores.
O diesel passou para R$ 5,50 (R$ 5,499), aumento de 6,8% e acréscimo de R$ 0,35 em relação aos R$ 5,150 (R$ 5,149) cobrados até a semana passa.
O consumidor deve pesquisar porque há variação para mais e para menos tanto nos bandeirados quanto nos independentes.
Com base nos valores de R$ 5,50 para o derivado da cana e de R$ 6,70 para o do petróleo, a paridade está em 82,1%, recorde histórico, e não é vantajoso abastecer com álcool, já que o limite é de 70%. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) constatou que os valores médios dos combustíveis continuam em alta nos mais de 200 postos da cidade.
Segundo o levantamento realizado entre 31 de outubro e 6 de novembro, o litro do etanol está acima de R$ 5,10 e bateu novo recorde. A gasolina superou R$ 6,40. O preço médio cobrado pelo litro do álcool hidratado saltou de R$ 4,903 para R$ 5,120 – o maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município –, alta de 4,4%. O recorde anterior havia sido constatado na semana anterior, em 30 de outubro.
O preço do litro da gasolina agora custa, em média, R$ 6,403, alta de 1,1% em relação aos R$ 6,331 cobrados anteriormente – lembrando que este é o preço médio, ou seja, tem posto cobrando muito mais pelo produto. A paridade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo continua acima do limite. Agora bateu recorde e está em 80%, ante 77,4% do dia 30. Chegou a 77,1% em 26 de junho.
Nos últimos doze meses, até setembro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da gasolina avançou 39,6% no país. O etanol acumula 64,77% no mesmo período, ante 33,05% do diesel.
No dia 26 de outubro, o litro da gasolina vendido pela Petrobras às distribuidoras passou de R$ 2,98 para R$ 3,19, o que representa um aumento de R$ 0,21 ou de cerca de 7%. Já o litro do diesel subiu para R$ 3,34 nas refinarias, o que significa reajuste de 9% sobre o preço médio de R$ 3,06, com impacto de R$ 0,24.
Etanol sobe nas usinas
O preço do etanol subiu nas usinas paulistas pela quinta semana seguida. Ao direcionar a produção para o açúcar de olho na exportação, devido à cotação do dólar, as unidades fizeram o valor do hidratado encostar em R$ 3,90. O litro do álcool combustível avançou de R$ 3,8280 para R$ 3,8918, aumento de 1,67%. Em 45 dias, o avanço chega a 17,16%.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – avançou 4,61% e está acima de R$ 4,50. Passou de R$ 4,3353 para R$ 4,5353. Acumula alta de 17,81% em 45 dias. Os dados foram divulgados na sexta-feira, 5 de novembro, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Enquanto a alta do preço do barril do petróleo e a cotação do dólar são apontados como vilãs em relação aos reajustes da gasolina e do diesel. No caso do etanol, além da exportação de açúcar, a quebra na safra da cana também é citada como responsável pelos reajustes, segundo o mercado.
Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a quantidade de cana-de-açúcar processada pelas unidades produtoras do Centro-Sul alcançou 19,69 milhões de toneladas na primeira metade de outubro, o que representa uma queda de 46,77% sobre o valor apurado na mesma quinzena da safra 2020/2021 – 36,99 milhões de toneladas.
O estado de São Paulo registrou moagem de 11,02 milhões de toneladas (-49%) e nos demais estados da região Centro-Sul a quantidade processada na quinzena alcançou 8,67 milhões de toneladas (-43,65%). Desde o início do ciclo 2021/2022 até 16 de outubro, a moagem acumula queda de 9,56%.
Nesse período, a quantidade de cana-de-açúcar processada pelas usinas atingiu 487,33 milhões de toneladas, ante 538,86 milhões de toneladas na mesma data do último ciclo agrícola. O número de unidades operando até 16 de outubro foi de 195 empresas.
Valores médios, segundo a ANP
Gasolina: R$ 6,403
Gasolina aditivada: R$ 6,506
Etanol: R$ 5,120
Diesel: R$ 5,447
Diesel S10: R$ 5,497
Período: entre 31 de outubro e 6 de novembro
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)