A Petrobras reajustou o preço da gasolina em 5% a partir desta quarta-feira, 27 de maio, e do diesel em 7%, diante de um cenário de alta para o preço do petróleo pela expectativa de avanços na descoberta de uma vacina para o novo coronavírus (covid-19). O barril tipo Brent, usado como parâmetro pela estatal, subia 2,08% para o contrato de agosto, cotado a US$ 36,87, depois de ter caído abaixo de US$ 20 em meados de abril.
O reajuste no preço da gasolina, anunciado nesta terça-feira (26), é o quarto do mês, seguindo a recuperação do preço do barril tipo Brent no mercado internacional. No dia 21, a estatal elevou o valor do litro do derivado de petróleo em 12%. Uma semana antes, no dia 14, a gasolina subiu 10% nas refinarias da Petrobras.
O litro da gasolina já havia sido reajustado em 12% no dia 7. O derivado de petróleo já acumula alta de 39% em 20 dias. O derivado de petróleo já acumula alta de 39% em 20 dias. No dia 19, a Petrobras elevou também o preço do diesel, em 8%, o primeiro aumento após o início da pandemia. Agora, subiu mais 7%, a segunda alta de maio, represando 15% de elevação em menos de dez dias.
Antes das correções, o diesel acumulava no ano queda de 44,1%, contra redução de 41,3% da gasolina, que já embute as duas primeiros altas de maio. Apesar das altas nas produtoras anunciadas nos últimos dias, até o início desta semana os preços seguiam estáveis nas bombas dos mais de 150 postos de Ribeirão Preto.
O litro do etanol nos bandeirados e nos sem-bandeira custa, em média, R$ 2 (R$ 2,199) e R$ 1,87 (R$ 1,869), respectivamente. Já o preço da gasolina custa, em média, R$ 3,50 (R$ 3,499) nos franqueados e R$ 3,20 (R$ 3,199) nos independentes. O litro do diesel nos sem-bandeira é vendido a R$ 2,70 (R$ 2,699) e R$ 3,30 (R$ 2,299) nos bandeirados.
Mas os preços podem subir se a demanda aumentar. No momento, os derivados de petróleo sofrem reajustes nas refinarias da Petrobras e o etanol passa por correção nas usinas de açúcar e álcool de São Paulo. Segundo dados divulgados na sexta-feira (22) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o preço do hidratado nas usinas paulistas já está acima de R$ 1,40 novamente.
Saltou de R$ 1,3931 para R$ 1,4348, aumento de 2,99% – já acumula 9,99% de alta em maio. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – também voltou a subir 2,49% e acumula alta de 3,76% em três semanas. Agora, saltou de R$ 1,5424 para R$ 1,5808.
De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cidades paulistas entre 17 e 23 de maio, os derivados de petróleo estão mais caros em Ribeirão Preto. A gasolina ainda custa menos de R$ 4, mas, em média, o litro é vendido a R$ 3,523, contra R$ 3,480 do período anterior, acréscimo de R$ 0,043 e alta de 1,23%.
O preço médio do diesel é de R$ 2,913, ante R$ 2,780 do levantamento anterior, aumento de 4,8% e aporte de R$ 0,133. Já o diesel S10 é vendido por R$ 3,052, contra R$ 3,080 do período antecedente, retração de 0,9% e abatimento de R$ 0,028. O etanol ribeirão-pretano custa R$ 2,061, ante R$ 2,072 da pesquisa anterior, recuo de 0,53% e abatimento de R$ 0,011.
Considerando os atuais valores médios da agência, de R$ 3,523 a gasolina e de R$ 2,061 para o derivado da cana, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 58,5% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.