O isolamento social e a quarentena impostos pela pandemia do novo coronavírus fez a procura por combustíveis despencar em todo o Brasil. Apesar das altas nas produtoras anunciadas nos últimos dias, os preços seguem com viés de baixa nas bombas dos mais de 150 postos de Ribeirão Preto.
O litro do etanol nos bandeirados e nos sem-bandeira custa, em média, R$ 2 (R$ 2,199) e R$ 1,87 (R$ 1,869), respectivamente. Já o preço da gasolina custa, em média, R$ 3,50 (R$ 3,499) nos franqueados e R$ 3,20 (R$ 3,199) nos independentes. O litro do diesel nos sem-bandeira é vendido a R$ 2,70 (R$ 2,699) e R$ 3,30 (R$ 2,299) nos bandeirados.
A queda de preços acontece no momento em que os derivados de petróleo sofrem reajustes nas refinarias da Petrobras e o etanol passa por correção nas usinas de açúcar e álcool de São Paulo. Na quinta-feira, 21 de maio, a estatal elevou o preço da gasolina em 12%. Foi o terceiro aumento apenas neste mês, seguindo a recuperação do preço do barril tipo Brent no mercado internacional.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o aumento ficou em cerca de R$ 0,1350 por litro. O reajuste chega uma semana depois de a estatal elevar o preço da gasolina em 10% – subiu no dia 14, mas já havia sido reajustado em 12% no dia 7. O derivado de petróleo já acumula alta de 34% em aproximadamente 15 dias. Na terça-feira (19), a Petrobras elevou também o preço do diesel, em 8%, o primeiro aumento após o início da pandemia.
Antes das correções desta semana, o diesel acumulava no ano queda de 44,1%, contra redução de 41,3% da gasolina, que já embute as duas primeiros altas de maio. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o preço do hidratado nas usinas paulistas já está acima de R$ 1,40 novamente.
Saltou de R$ 1,3931 para R$ 1,4348, aumento de 2,99% – já acumula 9,99% de alta em maio. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – também voltou a subir 2,49% e acumula alta de 3,76% em três semanas. Agora, saltou de R$ 1,5424 para R$ 1,5808. De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cidades paulistas entre 10 e 16 de maio, a gasolina vendida em Ribeirão Preto custa menos de R$ 4. Em média, o litro é vendido a R$ 3,480, contra R$ 3,638 do período anterior, abatimento de R$ 0,158 e queda de 4,3%.
O preço médio do diesel é de R$ 2,780, ante R$ 3,137, do levantamento anterior, recuo de 11,4% e desconto de R$ 0,357. O diesel S10 é vendido por R$ 3,080, contra R$ 3,338 do período antecedente, retração de 7,7% e abatimento de R$ 0,258. O etanol ribeirão-pretano custa R$ 2,072, ante R$ 2,227 da pesquisa anterior, recuo de 6,9% e abatimento de R$ 0,155.
Por causa da antecipação de dois feriados municipais e do Dia da Revolução Constitucionalista (Nove de Julho) na capital e no estado de São Paulo, o novo balanço da ANP será divulgado na terça-feira (26). Considerando os atuais valores médios da agência, de R$ 3,480 a gasolina e de R$ 2,072 para o derivado da cana, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 59,5% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.