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Estudos mostram que o coronavírus vai evoluir e reduzir eficácia das vacinas

Um novo estudo envolvendo as variantes B117 e B1351 concluiu que essas novas cepas do Sars-Cov-2 devem evoluir e reduzir a eficácia das vacinas disponíveis no mercado.

Com isso, a contenção dessas variantes pode ser mais difícil e reinfecções podem se tornar mais prováveis.

Os resultados da pesquisa têm como base os dados de eficácia da vacina Novavax, de acordo com David Ho, que é o principal autor do estudo e professor de medicina na Faculdade de Médicos e Cirurgiões da Universidade de Columbia.

Em 28 de janeiro, a empresa afirmou que a eficácia do imunizante era de 90% contra a cepa original, mas o índice foi de 49,4% em um ensaio realizado na África do Sul, onde a maior parte dos casos são causados pela variante B1351.

“Nosso estudo e os novos dados de testes clínicos mostram que o vírus está viajando em uma direção que está fazendo com que ele escape de nossas vacinas e terapias atuais”, declarou Ho.

“Se a disseminação desenfreada do vírus continuar e mais mutações críticas se acumularem, então podemos ser condenados a perseguir o SARS-CoV-2 em evolução continuamente”, completou.

Para que isso não ocorra, o pesquisador sugere que sejam adotadas medidas de isolamento social nos países para frear o contágio enquanto as vacinas são aplicadas na população.

“Paremos a transmissão do vírus o mais rápido possível. Redobrando nossas medidas de mitigação e acelerando a vacinação”.

Anticorpos são menos eficientes contra variantes

vacina covid
Vacinas são menos eficientes contra variantes. Crédito: Shutterstock

A equipe de Ho estudou anticorpos presentes em amostras de sangue coletadas de pessoas que tomaram a vacina da Pfizer ou da Moderna. Nisso, eles conseguiram verificar que o efeito desses imunizantes também é menor contra as variantes.

Contra a B117, que surgiu em setembro de 2020 no Reino Unido, o grau de eficácia dos imunizantes caiu em torno de duas vezes. Já contra a B1351, que emergiu da África do Sul no final de 2020, a neutralização caiu entre 6,5 e 8,5 vezes.

“É improvável que a perda de aproximadamente 2 vezes da atividade neutralizante contra a variante do Reino Unido tenha um impacto adverso”, declarou Ho. “Vemos isso refletido nos resultados do Novavax onde o a vacina foi 85,6% eficaz contra a variante do Reino Unido”, completou.

Estudos não avaliaram variante brasileira

Variante brasileira não foi estudada. Crédito: iStock

O que mais preocupou a equipe foi a queda na eficiência da vacina contra a variante B1351. “A queda na atividade neutralizante contra a variante da África do Sul é apreciável e agora estamos vendo, com base nos resultados do Novavax”, declarou David Ho.

O novo estudo, porém, não fez nenhum tipo de avaliação em relação à eficácia da vacina Novavax contra a variante P1, que surgiu em Manaus. Mas por conta da replicabilidade parecida com a da variante sul-africana, os cientistas acreditam que a queda na eficiência seja parecida entre as duas.

Via: Medical Xpress

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